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Quinta, 21 Outubro 2021 09:43

Aeroporto de Teresina passa a ser comandado pelo Grupo CCR pelos próximos 30 anos

A companhia brasileira CCR assume, a partir desta quarta-feira (20), o comando do aeroporto Senador Petrônio Portella, em Teresina, por 30 anos. O Ministério da Infraestrutura assinou com a empresa o contrato de concessão do aeroporto da capital piauiense. A solenidade de assinatura aconteceu na cidade de Goiânia. Em abril, o Grupo CCR venceu o leilão promovido na Infra Week e, com isso, administrará seis aeroportos em cinco estados brasileiros, entre eles o de Teresina.

Com o contrato, a União dá início à transferência do controle dos aeroportos, que atualmente são administrados pela Infraero, para o grupo vencedor do leilão que arrematou os aeroportos do Bloco Central, que compreendem os aeroportos de Teresina (PI), São Luís (MA), Imperatriz (MA), Goiânia (GO), Palmas (TO) e Petrolina (PE). Os seis terminais aéreos serão concedidos à iniciativa privada por um período de 30 anos.

O grupo CCR tem a previsão de investir R$ 1,8 bilhão pelos próximos 30 anos nos aeroportos leiloados no Bloco Central. No Aeroporto Petrônio Portella a estimativa é que R$ 300 milhões sejam investidos para melhorias. Desse total, R$ 64 milhões devem ser gastos com desapropriações. Já que há a estimativa de que uma área de 30.832 m² seja desapropriada para adequação e obras.

“Estamos falando em R$ 1,8 bilhão que serão investidos nesses seis aeroportos nos próximos anos, com geração de mais de 30 mil empregos no período. E isso nos deixa muito satisfeitos, especialmente porque tivemos o número de desempregados aumentando de forma significativa na pandemia. Então, esses 30 mil empregos nos incentivam muito”, destacou o secretário-executivo do MInfra, Marcelo Sampaio.

Segundo a Anac, os seis aeroportos do Bloco Central transportaram em 2019 cerca de 7,3 milhões de passageiros. A previsão é que essa movimentação aumente para 9,5 milhões de passageiros no primeiro ano de concessão, chegando a 22,5 milhões nos 30 anos de vigência do contrato. O número representa uma alta de 208%.

“Nos próximos meses, teremos uma transferência desses ativos da Infraero para a CCR. Sabemos da importância de ver um grupo sólido, com mais de 20 anos no mercado de infraestrutura, consolidando-se como a maior operadora de aeroportos do país. Agora, com esse bloco, serão 17 aeroportos sob a responsabilidade da CCR que vai movimentar 25% de nossos passageiros, 47 milhões de usuários no total”, disse Marcelo Sampaio.

Representam o Governo Federal na cerimônia, o secretário executivo da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, e o Secretário Nacional de Aviação Civil (SAC), Ronei Saggioro Glanzmann. A solenidade acontece na cidade de Goiânia (GO) e o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, está em Brasília e não pode acompanhar a solenidade.

Ao todo, 22 aeroportos foram leiloados na 6ª rodada de concessões, agrupados em três blocos: Central, Norte e Sul. Com isso, ficaram garantidos os R$ 6,1 bilhões investimentos previstos. A arrecadação total em outorgas chegou a R$ 3,3 bilhões.

CONCESSÃO DO AEROPORTO DE TERESINA
Em março de 2020, o Cidadeverde.com teve acesso ao estudo elaborado e que embasa o processo de concessão do aeroporto Senador Petrônio Portela. Entre os projetos, a conexão da capital do Piauí com outras cidades do Norte e Sul, em rotas diretas. A ideia é aumentar os destinos para 13 até 2050. Em 2018, segundo os dados, eram apenas oito.

A primeira fase da concessão está prevista para ocorrer entre os anos de 2024 e 2035, já que o período entre 2021 e 2024 é utilizado para obtenção das licenças ambientais e realização das obras, de forma que todas as obras propostas atendam à demanda do ano de 2035.

A segunda fase de operação está prevista para ocorrer entre os anos de 2036 e 2051, já que o período para obtenção das licenças ambientais e realização das obras, segundo o estudo de concessão, ocorre na fase anterior, de forma que todas as obras propostas atendam à demanda do ano de 2050.

GRUPO CCR
O Grupo CCR foi fundado em 1999 com atuação nos segmentos de concessão de rodovias, mobilidade urbana e serviços. Atualmente, a companhia é responsável por 3.955 quilômetros de rodovias da malha concedida nacional.

Treze anos após sua fundação, o grupo ingressou, em 2012, no setor aeroportuário, com a aquisição de participação acionária nas concessionárias dos aeroportos internacionais de Quito (Equador), San José (Costa Rica) e Curaçao. No Brasil, possui a concessionária BH Airport, responsável pela gestão do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Minas Gerais. Em 2015, adquiriu a TAS (Total Airport Services), empresa norte-americana prestadora de serviços aeroportuários.

 

Fonte: El Piaui

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