A entrega de um novo terminal de cargas e da pista de pouso ampliada do Aeroporto de Porto Alegre (RS) vai integrar a capital gaúcha com o resto do mundo e mostra o acerto do programa de concessões à iniciativa privada do Governo Federal. Esta é a avaliação do ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, após cerimônia virtual de inauguração da estrutura pela concessionária Fraport Brasil, nesta quarta-feira (11).
Com o investimento no novo terminal, que não estava previsto no contrato original de concessão, o aeroporto vai triplicar o processamento de cargas, chegando a 100 mil toneladas por ano. Já o aumento da pista de pouso em mais de 900 metros torna o terminal apto a movimentar produtos para importação e exportação, bem como aeronaves que tenham como origem e destino Estados Unidos, Europa e Ásia.
“Isso mostra ainda o acerto em nosso programa de concessões, que proporciona esse tipo de investimento privado, não previsto originalmente em contrato. Estamos orgulhosos de ter entre nossas concessionárias uma empresa deste nível de qualidade e de compromisso com o Brasil: nos motiva a seguir em frente em nossa modelagem de concessões”, ressaltou o ministro.
ESTRUTURA – Trata-se de um complexo logístico voltado a operações de importações e exportações, com 10.559 m² e que começou a ser construído pela Fraport Brasil – Porto Alegre, administradora do aeroporto, em junho de 2020. A concessionária investiu R$ 50 milhões na estrutura, que conta com terminal de armazéns (inclusive para cargas perigosas), complexo de câmeras frigoríficas, docas, espaço para espera de caminhões e estacionamentos, entre outras funcionalidades.
“É um terminal digno de um aeroporto que terá uma pista de 3.200m e vai integrar Porto Alegre ao resto do mundo”, destacou ao ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante evento on-line que marcou a entrada em operação do novo TECA Internacional (Terminal de Cargas).
Também presente no evento, o secretário Nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann, explicou que melhorias não obrigatórias por concessionárias de ativos públicos são possíveis graças ao mecanismo de alinhamento de incentivos previsto na concessão. “São investimentos que devem feitos em atendimento à demanda, que têm vantajosidade à concessionária e ao interesse público, pois geram receita, melhoram a eficiência do serviço e o resultado do negócio propriamente dito”, ressaltou.
RETOMADA ECONÔMICA – Na avaliação dos representantes do Governo Federal, o novo terminal de cargas será importante na retomada econômica pós-pandemia, pois a movimentação de produtos em aeroportos não foi tão afetada pela crise sanitária quanto a de passageiros, podendo atingir crescimento ainda maior após a superação da covid-19. Só a construção do complexo, que, ao contrário de outras operações no terminal, não parou durante a pandemia, foi responsável pela geração de 300 empregos diretos.
Os negócios em Porto Alegre serão ainda mais impulsionados com a entrada em operação da nova pista de pouso e decolagens, ampliada em 920m² – essa sim, uma obra obrigatória prevista no contrato de concessão do Salgado Filho. O investimento para a ampliação da pista de pouso e decolagem é de R$ 135 milhões.
Juntas, todas as obras de melhorias e ampliação do terminal e pista somam R$ 1,8 bilhão. O serviço está 98% executado e, em outubro, começa a construção da área de segurança (Resas), que deve ser finalizada no 1º semestre de 2022. Além disso, diversas obras paralelas como interligações de microdrenagem, muros, cercas e vias de acesso serão finalizadas para pleno uso da pista.
Fonte: Ministério da Infraestrutura