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Sexta, 28 Mai 2021 10:07

Secretário do MInfra, Marcello Costa, afirma que Ferrogrão pode reduzir mais de R$ 19 bi em custo do frete

Concebida para ligar a região produtora de grãos do Centro-Oeste ao Porto de Miritituba (PA), a Ferrogrão deve trazer uma economia de R$ 19 bilhões no valor gasto com frete, afirmou nesta quarta-feira (26) o secretário nacional de Transportes Terrestres do Ministério da Infraestrutura, Marcello Costa.

“É possível que a gente consiga reduzir mais de R$ 19 bilhões em custo do frete em relação à rodovia, isso é garantir a competitividade necessária para o Brasil”, afirmou o secretário, que participou de webinário promovido pela Federação Nacional de Operações Portuárias (Fenop).

A expectativa é que a Ferrogrão reduza em 50% a emissão dos gases do efeito estufa e retire 1 milhão de toneladas de CO2 da atmosfera, além de usar a faixa de domínio da BR-163 como traçado, sem sobrepor terras indígenas, quilombolas ou unidades de conservação. “O objetivo ainda é diminuir o desmatamento e promover uma logística exportadora competitiva”, disse.

Além disso, o secretário apresentou a atual situação da Transnordestina, que liga os importantes portos de Pecém e Suape. “A projeto está em análise pela Valec, sócia minoritária do empreendimento, para a caducidade da concessão e a continuação dos investimentos. Essa análise, que está sendo feita junto a uma consultoria especializada, está prevista para terminar em junho de 2021”, informou.

O secretário-executivo do Ministério da Infraestrutura, Marcelo Sampaio, afirmou também em maio (17) que a Ferrogrão, corredor ferroviário de exportação do Brasil pelo Arco Norte, ligando Sinop, no norte do Mato Grosso, até os portos de Miritituba, no Pará, vai aumentar a agilidade e reduzir os custos logísticos da produção agrícola no país. “A ferrovia vai desafogar e dar celeridade no processo de escoar nossa produção pelo Norte”, destacou Sampaio, ao participar de debate virtual no Fórum Nacional de Logística e Infraestrutura Portuária – Norte Export.

 

Agronegócio

O interesse de investidores na Ferrogrão, projeto ferroviário de mais de 900 quilômetros de extensão, entre Sinop/MT e o porto de Miritituba/PA, mostra a confiança no agronegócio da região Centro-Oeste e na proposta elaborada pelo Governo Federal. “O mais difícil em um projeto desse é achar investidor e, por incrível que pareça, o investidor nós temos”, afirmou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, durante encontro com a Frente Parlamentar de Agropecuária (FPA), nesta terça-feira (4).

Atualmente, o Mato Grosso produz 65 milhões de toneladas de grãos por ano e, segundo estudos, pode chegar a produzir até 120 milhões de toneladas dentro de nove anos. E é justamente este aumento na eficiência da safra que tem chamado a atenção dos investidores na Ferrogrão. “Tem muita gente que acredita no Mato Grosso. Tem produtor fazendo 80 sacas por hectare. Ninguém produz isso no mundo. É mais do que o dobro do que o americano faz”, disse Tarcísio.

De acordo com Freitas, o projeto ferroviário pode ser leiloado durante o segundo semestre. A expectativa é de que a Ferrogrão sirva como reguladora de tarifa dos transportes de carga do país. O aumento na oferta de infraestrutura deve contribuir para a redução dos fretes rodoviários, que já ocorreu de forma mais modesta a partir da pavimentação completa da BR-163, em 2019. Além disso, a ferrovia também vai valorizar a movimentação nos portos do Arco Norte, fomentando uma nova saída aos produtores.

 

Fonte: MInfra

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