Quando falamos sobre o Scania movido a gás natural veicular e/ou biometano, a primeira imagem que vem à mente da maioria das pessoas é este caminhão rodando pelas rodovias do Brasil e do mundo. Mas a verdade é que essa solução, que veio para ficar e transformar o transporte, também tem feito bonito e contabilizado bons resultados nas operações fora de estrada.
A Usina Santa Cruz, do Grupo São Martinho, é o primeiro exemplo do segmento canavieiro a testar a solução de transporte sustentável da Scania. Junto dela, outras seis usinas no Brasil estão operando com o novo modelo a gás.
Antonio Carlos Pelizari Pinto é assessor de tecnologia agrícola da São Martinho e conta que o modelo G 410 movido a gás tem trazido bons resultados. “Fomos a primeira usina a utilizar o caminhão a gás. Em nossa operação, ele roda na Usina Santa Cruz, em Américo Brasiliense (SP), com carga média de 53 toneladas. O desempenho e a disponibilidade mecânica estão muito bons”, destaca.
A escolha da usina no interior de São Paulo, entre as quatro do grupo, deve-se ao fato de o local já ter um sistema próprio de abastecimento de gás. “Colocamos um sistema de abastecimento com bico de maior vazão para ganhar tempo de abastecimento. O caminhão tem sido abastecido três vezes por dia, uma em cada turno, e em uma em média de 12 a 15 minutos, dependendo da quantidade de gás remanescente. São 236 metros cúbicos de volume, o que para a nossa operação corresponde a 250 km de autonomia. Assim, nosso caminhão roda 500 km em média por dia”, detalha Pelizari.
Mas, apesar de estarem atualmente utilizando o gás como combustível, o Grupo já olha para o futuro e pensa em tentar viabilizar o biometano, já que se trata de um ativo que pode ser produzido a partir da vinhaça, altamente disponível no processo de produção das usinas de cana-de-açúcar. “Estamos fazendo estudos de viabilidade porque para produzir biometano a partir da vinhaça existem custos. Esse teste com o caminhão a gás também está servindo para fornecer dados relevantes para incluir nesse estudo. O consumo é importante para saber quanto o produto vai custar. Estamos vendo com muito bons olhos e esperamos que seja viável pela economia de combustível e outras vantagens e ganhos ambientais”, relata.
Dentro e fora do veículo
Tão importante como os resultados com o uso das novas tecnologias é a satisfação do motorista. “Os motoristas gostam, elogiam e dizem que o veículo a gás tem força e torque igual a um modelo a diesel. Eles relatam que o caminhão que não perde marcha na subida e gostam muito do Scania por ser um caminhão bem macio. Sem falar que esse com ciclo Otto é bem mais silencioso”, conta. Além de estarem na operação, os motoristas também levam o veículo para as revisões, que são feitas na Casa Scania Escandinávia, na unidade de Araraquara. “A concessionária tem um box exclusivo para atendimento”, comenta o assessor.
10 por 9
Segundo Pelizari, os bons resultados em campo com as soluções da Scania não se resumem somente aos testes do novo modelo a gás. “Temos parceria com a Scania no desenvolvimento de várias soluções. Já testamos um V8, que apresentou um desempenho muito bom e compramos 40 unidades. Agora adquirimos recentemente o 620 XT e estamos vendo uma economia média de combustível de 5%. Testamos o 540 e compramos algumas unidades e em relação ao 620 antigo ele apresentou economia de 12%. Estamos muito otimistas. Na Usina São Martinho continuamos com o 620 e pelo desempenho do veículo já estamos conseguindo substituir 10 por 9 caminhões”, ressalta.
Esse é um dos motivos que levaram o Grupo a manter a Scania como parceira de seus negócios. “Quando a gente vai comprar um caminhão, consideramos preço, custo de manutenção e consumo de combustível. Fazemos estudo de viabilidade e sempre resulta em Scania”, conclui.
Fonte: Scania