A vendas de pneus de carga cresceu 15,5% em março na comparação com o mesmo mês de 2020. A alta refere-se ao volume total. Ou seja, soma as vendas feitas pelas fabricantes às montadoras e ao mercado de reposição. Os dados são da Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos (Anip).
Segundo a Anip, o bom resultado se deve, sobretudo aos pedidos feitos pelas montadoras. Nesse sentido, a alta foi de 32.8%. Os números do mercado de reposição também foram positivos: 11.3% de aumento..
Na comparação de março com fevereiro, também houve alta. O crescimento médio foi de 11.9%. Contudo, por segmento há uma inversão em relação à participação.
Momento atual ainda preocupa setor
Ou seja, alta de vendas para montadoras foi de 3.9%. Já para o segmento de reposição o crescimento foi de 14.4%.
Embora os dados sejam positivos, o atual momento preocupa. “A redução dos pedidos das fábricas em fevereiro tem a ver com a falta de outras matérias-primas”, diz o presidente da Anip, Klaus Curt Muller.
Segundo Muller, o problema não afeta apenas o Brasil, mas o mundo inteiro. O executivo citou a falta de processadores e circuitos integrados. De maneira idêntica, isso vem causando a paralização de fábricas no mundo todo.
De volta à normalidade
Segundo Miller, a indústria de pneus conseguiu voltar rapidamente aos ritmos de produção anteriores à pandemia. De acordo com ele, assim que outros setores voltarem à normalidade, a indústria de caminhões irá se recuperar.
“Creio que tudo se normalize em cerca de três meses”, afirma o presidente da Anip. De acordo com ele, em 2021 as vendas do setor de pneus de carga voltarão aos patamares de 2019.
Assim, o executivo acredita que até julho o mercado deverá estar normalizado. “O problema gerado pela falta de matérias-primas já está sendo corrigido. Embora ainda com alguma dificuldade ou outra”, diz.
Em 2019, a indústria vendeu 5,7 milhões de pneus para as fábricas de caminhões instaladas no Brasil. Ao mesmo tempo, o mercado de reposição comprou 5,6 milhões de unidades.
Fonte: Estradao