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Sexta, 05 Março 2021 10:27

Venda de caminhões sobe 18% em fevereiro, segundo Fenabrave

A Fenabrave – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores divulgou, na última terça-feira, 2 de março, que os emplacamentos de veículos novos, considerando todos os segmentos automotivos (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros), somaram 242.080 unidades, o que representa uma retração de 17,48%, na comparação com fevereiro do ano passado (293.357 unidades). Na comparação com janeiro de 2021 (274.081 unidades), o resultado também foi negativo, representando queda de 11,68%.

As vendas de caminhões continuam aquecidas. Em fevereiro, foram emplacados 7.719 veículos, 18,46% acima do resultado de igual mês de 2020 (6.516 unidades).

Já na comparação com janeiro de 2021, quando foram emplacadas 7.262 unidades, houve crescimento de 6,29% e, no acumulado do ano (14.981 unidades), o resultado ficou positivo em 9,37%, quando comparado a igual período do ano anterior (13.697 unidades).

“O que dita o número de emplacamentos, hoje, é capacidade de produção das montadoras, já que, praticamente, não há estoque de caminhões nas concessionárias. Assim como os demais segmentos, os caminhões vêm enfrentando a escassez de peças e componentes, o que limita a oferta. Como a demanda se mantém aquecida, tanto pelos resultados das commodities, quanto pela boa disponibilidade de crédito para o segmento, a falta de produtos faz com que os pedidos atuais tenham a entrega de alguns modelos programada até para os meses de setembro e outubro”, comentou Assumpção Júnior.

No ranking histórico, tanto o mês de fevereiro/2021 quanto o acumulado ocupam a 7ª colocação para caminhões.

2021, houve queda de 12,78%, com 516.161 unidades emplacadas, contra 591.816 veículos comercializados, no mesmo período do ano passado.

Para o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior, alguns fatores impactaram, negativamente, na oferta e no mercado de veículos, como a falta de componentes para normalizar a produção e o aumento dos casos da COVID-19.

“Na indústria, mesmo com os esforços das montadoras, para aumentar a produção, a falta de disponibilidade de peças e componentes ainda persiste, fazendo com que algumas fábricas tivessem de paralisar, temporariamente, a produção em fevereiro, afetando, de forma importante, a oferta de produtos”, comenta Assumpção Júnior, acrescentando: ”Além disso, o aumento dos casos de COVID-19, que provocou o retrocesso da abertura do comércio em várias cidades, também contribuiu para a queda de vendas do mês de fevereiro”.

Não bastassem os problemas nacionais, o Presidente da Fenabrave destacou o aumento do ICMS em São Paulo como um dos principais vilões do mercado.

“Os preços dos veículos, tanto novos quanto usados, ficaram mais caros em São Paulo, em função do aumento de alíquota do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, que passou de 12% para 13,3% para veículos novos e de 1,8% para 5,53% para usados, tornando os negócios das concessionárias e lojistas quase que impraticáveis. Todos saíram perdendo com isso: consumidor, empresários, empregados e o próprio Governo de São Paulo que, certamente, não terá aumento de arrecadação, pois há tendência de os negócios serem realizados fora do estado, onde o ICMS é menor”, alertou o Presidente da Fenabrave, Alarico Assumpção Júnior.

No ranking histórico (entre todos os meses de fevereiro, desde 1957), fevereiro/2021 e o acumulado do bimestre estão na 13ª posição.

Fonte: Fenabrave

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