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Quarta, 24 Junho 2020 09:50

Cabotagem movimenta 60,8 milhões de toneladas entre janeiro e abril

 

O setor portuário no Brasil, principalmente a navegação por cabotagem, não teve impactos com a pandemia do Covid-19, registrando alta de 11,3% na movimentação no período de janeiro e abril de 2020, em relação ao mesmo quadrimestre do ano anterior.

O levantamento foi realizado pelo Ministério da Infraestrutura, através de dados estatísticos da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).

O total que o setor transportou foi 60,8 milhões de toneladas no período, o impacto na movimentação por cabotagem está ligado ao crescimento no transporte de graneis líquidos e gasosos (10,1%), com destaque para o ramo de petróleo e derivados.

Assim como à alta de 58,1% no transporte de graneis sólidos no nos quatro primeiros meses do ano.

“Apesar de termos segmentos mais afetados durante a pandemia, o setor portuário tem mostrado resiliência aos efeitos da crise, mostrando um crescimento relevante no fechamento de dados do primeiro quadrimestre, com destaque para o aumento das movimentações da cabotagem”, explica o ministro da infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

O setor portuário também registrou alta de 3,7% no mesmo período, sendo 65,2% das cargas operadas pelos portos privados e 34,8%, pelos portos públicos.

Em toneladas, o volume total transportado foi 340,4 milhões.

Mesmo com a queda de 30% no transporte de minério de ferro e soja em janeiro deste ano, na comparação com o ano anterior, o setor apresentou recuperação nos meses seguintes, com o minério de ferro mantendo o nível do ano anterior, e o petróleo e a soja tendo grandes impactos no resultado positivo final.

A Companhia Docas do Pará (CDP), teve aumento de 30% no período, em comparação com ao ano passado, para o Porto de Suape (PE), com alta de 21,1%, para a Portos do Paraná, que administra os portos de Paranaguá (PR) e Antonina (PR), com o crescimento de 20,5%, além da SPA, autoridade portuária do Porto de Santos (SP), que registrou crescimento de 12% no período acumulado.

Os portos administrados pela Companhia Docas do Espírito Santo (CODESA), pela Companhia Docas do Rio de Janeiro (CDRJ) e pela Companhia Docas do Estado da Bahia (CODEBA) foram os mais afetados com o impacto nas movimentações, com perdas de 15,68%, 34,37% e 6,27%.

Embora sejam portos de movimentação expressiva, o levantamento realizado mostra que, até o momento, a tendência de diminuição geral no transporte não é uma realidade do setor portuário.

 

Fonte: O Petróleo

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