A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) estima que a queda da demanda por gasolina, em meio à crise econômica desencadeada pela pandemia do novo coronavírus, é da ordem de 35%. No caso do diesel, o recuo é de cerca de 22% a 25%.
Segundo o diretor do órgão regulador Felipe Kury, o mercado de combustíveis como um todo está em contração. A exceção é o consumo de gás liquefeito de petróleo (GLP). Ele mencionou, ainda, que a queda da demanda do etanol hidratado é da ordem de 40% e o do querosene de aviação (QAV), de 84%.
Kury disse ainda que os pedidos de parada de plataformas apresentados pelas empresas junto ao órgão regulador se dão mais em função de aspectos de viabilidade econômica do que devido a casos de disseminação do novo coronavírus entre os trabalhadores embarcados.
Segundo ele, a ANP já contabilizou 162 casos confirmados de covid-19 nas plataformas e mais de 1 mil casos suspeitos. O diretor explicou que é possível que eventualmente alguma plataforma pare em função da infecção de seus trabalhadores, mas que as operadoras, em geral, estão operando com efetivo mínimo e possuem equipes de contingência para suprir possíveis funcionários afastados.
Em relação à operação do refino, o diretor Dirceu Amorelli afirmou que não há sinalização de paradas de refinarias.
“O que existe é uma redução do fator de produção”, disse ele, lembrando que os estoques estão altos.
Fonte: Valor