É quase incrível que, nas obras públicas brasileiras em geral, os ordenadores de despesas, os que elaboram orçamentos anuais e as empreiteiras não tenham, efetivamente, um organograma que preveja o início, o andamento e a conclusão, por exemplo, de uma rodovia.
É justamente o que está acontecendo com a duplicação da BR-116 Sul. Tanto é importante a obra que, no dia 20 de abril, estiveram reunidas em Camaquã autoridades federais, estaduais e municipais para pressionar e pedir agilidade no serviço.
Presentes prefeitos e vereadores dos municípios da Zona Sul e da Costa Doce. Piorando a situação, sabe-se que o trecho Pantano Grande/Pelotas é a rodovia de mais acidentes graves no Brasil.
Ligando diversas cidades importantes tanto socialmente quanto, mais ainda, economicamente, a BR-116 Sul escoa produtos gaúchos e, até há pouco tempo, algo que o governo estadual quer reativar, a ligação com o polo naval de Rio Grande.
Tanto isso é verdade que estudo do Escritório de Desenvolvimento Regional da Universidade Católica de Pelotas estima que o término da duplicação da rodovia vai gerar um incremento diário de R$ 2 milhões para o Rio Grande do Sul.
A conclusão da obra de duplicação trará um crescimento tanto da produção quanto dos serviços. Haverá circulação maior de mercadorias, aumentando a arrecadação de municípios e do Estado. Igualmente, haverá a diminuição do custo logístico em torno de R$ 70,00 devido à otimização da velocidade e da redução do gasto com combustível. Circulam na BR-116 Sul, diariamente, cerca de 30 mil veículos.