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Quinta, 09 Agosto 2012 16:31

Fecomércio estima prejuízos de R$ 812 milhões na greve nos portos de SC

A Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio SC) projetou, nesta quarta-feira, que o prejuízo causado pela greve nos portos do Estado já chegaria a R$ 812 milhões, cálculo feito após as três semanas de paralisação dos servidores da Agência Nacional da Vigilância Sanitária (Anvisa).   Em Santa Catarina, a paralisação é total na fiscalização e liberação dos produtos nos postos de serviço distribuídos em três aeroportos (Joinville, Chapecó e Florianópolis); cinco portos (Navegantes, Itajaí, Imbituba, São Francisco do Sul e Itapoá) e na fronteira (Dionísio Cerqueira).   Os prejuízos são diversos e trazem sérios problemas para as economias brasileira e catarinense. No caso dos produtos perecíveis, a carga corre o risco de ser perdida totalmente. Além dos 100% de prejuízo de produtos, ainda se soma o desconforto do empresariado no não cumprimento dos contratos. Já no caso dos produtos não perecíveis, a demora na liberação dos contêineres acarreta elevação dos custos de armazenagem dos produtos.   Estimativas da entidade catarinense mostram que após mais de 20 dias de greve, as perdas para a economia catarinense são altas: prejuízos de 31% no movimento do comércio exterior no Estado para as exportações e de 14% nas atividades de importação. Em números, o percentual corresponde a R$ 480 milhões em prejuízos nas exportações e R$ 332 milhões nas importações. A soma total é preocupante: R$ 812 milhões.     Liminares tentam garantir continuidade na liberação de mercadorias   A Fecomércio SC entrou com diversos mandados de segurança e já conseguiu liminares na Justiça Federal para garantir a continuidade dos serviços da Anvisa nos portos de Itapoá, São Francisco do Sul, Itajaí, Navegantes. Na avaliação da entidade, diante do cenário de greve torna-se ainda mais urgente a resolução imediata do conflito e o cumprimento das decisões judiciais determinadas.   Embora os prejuízos sejam definitivos, a volta à normalidade das atividades portuárias, aeroportuárias e fronteiriças, dão condições para a atividade econômica catarinense retomar seu ritmo, principalmente em um momento econômico delicado como o atualmente vivenciado em virtude da crise global.   A entidade também obteve liminar federal que determina continuidade no atendimento dos auditores fiscais da Receita Federal que também atuam nos portos. Embora não estejam em greve no Estado, os servidores seguem com a chamada operação padrão, que atrasa as tarefas de inspeção e é um dos sinais de pressão que a categoria mantém desde 18 de junho, enquanto reivindica nova proposta salarial junto ao governo.     Extraído de: Revista Portuária
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