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Terça, 29 Mai 2012 12:12

Nas mãos do motorista

A Globo fez uma reportagem mostrando a carência de motoristas de transporte de cargas no Brasil.   Na verdade, as transportadoras procuram bons motoristas, capazes de cuidar da própria vida, da saúde, da carga, do veículo, da vida alheia, da estrada e até dos animais que cruzam à sua frente.   Têm que ser mecânicos para emergências.   E que saibam tomar cuidados para desencorajar assaltos e, acima de tudo, que entreguem a carga com pontualidade.   Um super-homem na boleia? É mais ou menos isso.   Alguém que, carregado de responsabilidade, ainda conduz sua carga sem incidentes até chegar ao destino.   E, depois de descarregar, começa tudo de novo.   Com tanta exigência, a profissão não é para amadores que gostariam de ter nas mãos o volante de um caminhão gigante.   Não é para aqueles que, não encontrando emprego, assumem um caminhão apenas até encontrar outra ocupação.   Hoje, ser motorista de caminhão é para os que têm vocação e os que se preparam para ser profissionais completos.   Como a formação de motoristas é um investimento na segurança e na produtividade, já existem em todas as regiões do país cursos, com um mínimo de 160 horas-aula, para os que queiram assumir a pesada responsabilidade em caminhões, carretas ou ônibus.   São ministrados pelo Sest Senat e são gratuitos, mas com a condição de o matriculado se comprometer a exercer a profissão.   A iniciativa faz bem para os futuros motoristas, para as transportadoras e para o país.   Grandes fabricantes, como a Mercedes-Benz e a Scania, já se preocupam com a formação de motoristas há muitos anos.   As montadoras também são parceiras de entidades que já ministram cursos para formar e aperfeiçoar motoristas de caminhão.   Com o Sest Senat, esse ensino se estende para o Brasil inteiro.   A demanda anual de bons motoristas vai bem acima de 50 mil vagas a cada ano.   Para quem não sabe, a iniciativa do Conselho Nacional do Sest Senat prevê especialização em transporte de cargas de animais, de grãos, de cana, de verduras, de mudanças, de veículos, de valores, de lixo, de produtos farmacêuticos, de carga frigorificada, de substâncias perigosas e de cargas indivisíveis.   Dependendo dos cuidados com cada tipo de carga, aumenta o número de aulas.   Essa preocupação toda mostra que são insuficientes as aulas das autoescolas. O motorista com habilitação C, D ou E ainda precisa aprender muito.   Instrução para que o Estado dê o direito de dirigir tem um nível mas para assumir as imensas responsabilidades de ser o comandante de uma nave sobre rodas, o conhecimento vai muito além.   Nas mãos do motorista de caminhão estão cargas e vidas.
 
 
Por Alexandre Garcia     Extraída de: Intelog
 
 
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