Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) recebeu, nesta sexta-feira (28/03), representantes da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) para discutir uma proposta de parceria voltada à troca de informações sobre o setor ferroviário. O objetivo é subsidiar estudos que possam contribuir para o desenvolvimento e a ampliação da malha ferroviária brasileira, facilitando o escoamento da produção agropecuária para os portos do país.
Desde 2009, o setor agropecuário tem apresentado crescimento expressivo na produção e na capacidade de exportação. No entanto, a infraestrutura de transporte, especialmente a ferroviária, não tem acompanhado esse avanço no mesmo ritmo, gerando gargalos logísticos. Regiões como o MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), além de estados como Pará e Mato Grosso, se destacam pela alta produção agropecuária, mas enfrentam desafios para levar os produtos até os portos de exportação.
Durante a reunião, o diretor-geral do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar), Daniel Carrara, o diretor-técnico da CNA, Bruno Lucchi, e a assessora Técnica da CNA Elisangela Lopes ressaltaram que a entidade tem recebido pedidos de ajuda do setor produtivo para lidar com as dificuldades logísticas. Para avaliar os impactos de uma possível expansão da malha ferroviária, a CNA encomendou um estudo junto ao Grupo de Pesquisa e Extensão em Logística Agroindustrial (ESALQ-LOG), da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ/USP). A proposta é que a ANTT forneça informações regulatórias e operacionais para apoiar essa pesquisa e possibilitar avanços concretos na infraestrutura ferroviária do país.
Para o diretor-geral da ANTT, Guilherme Theo Sampaio, a iniciativa tem grande potencial de impacto positivo. “Acho essa proposta de parceria muito rica. Nosso programa de concessões rodoviárias está chegando este ano ao Norte e Nordeste do país, e estamos trabalhando também para desenvolver a malha ferroviária,” destacou.
A parceria entre ANTT e CNA poderá gerar subsídios importantes para a formulação de políticas públicas e investimentos que viabilizem um sistema ferroviário mais eficiente, ajudando a reduzir custos logísticos e fortalecendo a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado internacional.
Fonte: ANTT