Documento sem título
Sexta, 04 Mai 2012 09:42

Empresários dizem a Dilma que apoiam reforma na caderneta de poupança

A presidente Dilma Rousseff recebeu forte apoio dos empresários à medida que altera a remuneração das cadernetas de poupança. Representantes da indústria fizeram elogios às mudanças e ressaltaram que ela é necessária para manter a trajetória de queda dos juros.   "Não havia alternativa. O governo teve coragem. À primeira vista, pode até parecer impopular, mas quem sai ganhando é o trabalhador brasileiro. É uma mudança necessária para a continuidade da redução dos juros", disse o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade. "Todo mundo elogiou e disse que ela está no caminho certo", reforçou o empresário Joesley Batista, do grupo JBS. Ele notou que Dilma "estava bem mais descontraída" agora do que na reunião feita com o mesmo grupo de empresários, há pouco mais de um mês. Quanto às medidas, Batista disse que o setor privado fez uma avaliação positiva. "Em geral, todo mundo achou muito bacana."   Até o presidente da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Paulo Skaf, normalmente econômico nos elogios ao governo, deu sinal verde à mudança. "Todos apoiaram como uma medida que permitirá a redução dos juros", comentou à saída da reunião. "Não mudou a segurança da caderneta de poupança, a proteção contra a inflação, e um ganho real está mantido. E é correta a medida do governo de preservar os depósitos anteriores."   Crédito mais longo   Os empresários reunidos com a presidente pediram que a "guerra" contra os spreads bancários se estenda para o alongamento do crédito oferecido pelas instituições financeiras. A questão foi levantada pelo empresário Benjamin Steinbruch, da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que observou a necessidade da indústria de obter financiamentos com prazos mais longos. O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, concordou com o apelo. "Hoje só os bancos oficiais têm crédito de longo prazo para o investimento", afirmou Andrade, ao sair da reunião da presidente com 26 empresários.   Após a intervenção de Steinbruch, outros dois representantes da iniciativa privada endossaram o pedido, mas com foco no crédito ao consumidor. O assunto foi comentado por Cledorvino Bellini, da Fiat, e Luiza Trajano, da Magazine Luiza.     Extraído do Valor Econômico
TOPO