O presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Geraldo Alckmim, e o diretor de Infraestrutura Aquaviária do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), Erick Moura de Medeiros, assinaram duas Ordem de Serviços (OS) para o início imediato da dragagem dos rios Solimões e Madeira. Os documentos - assinados durante visita da comitiva do Governo Federal em Manaus (AM) nesta quarta-feira (4) – visam recuperar a capacidade de navegação de ambos os rios para atender de forma emergencial a estiagem que atinge o Amazonas, além dos estados de Rondônia e do Acre.
A OS para a dragagem do rio Solimões terá um investimento de R$ 38 milhões. O valor será utilizado para dragar cerca de oito quilômetros do rio Solimões. Neste caso, os trabalhos já iniciaram e devem durar cerca de 30 dias. Para o rio Madeira serão destinados cerca de R$ 100 milhões. A dragagem e os trabalhos devem começar em até 45 dias. Desta forma, os ministérios dos Transportes, dos Portos e Aeroportos e o DNIT têm a expectativa de reduzir o impacto da estiagem que atinge a região e tem impacto direto na navegação.
Navegabilidade - A região Amazônica tem mais de 20 mil quilômetros navegáveis, por onde passam embarcações de pequeno, médio e grande portes, que transportam pessoas quanto mercadorias. Os rios da Bacia Amazônica são cruciais para as populações ribeirinhas, que desenvolvem a pesca, tanto para consumo e sustento de diversas famílias quanto para o comércio local e de outras regiões. Estas populações dependem da navegabilidade para se locomover e faze sua produção e economia circularem.
Nesta época do ano a Região Amazônica passa pelo período de estiagem, quando acontece uma considerável redução do volume das águas. A seca, que está no início, torna a região intrafegável. Em muitos casos, quem utiliza o rio como via de transporte, tem que fazer um desvio que aumenta em até oito vezes o tempo de viagem.
Participam da comitiva a Manaus, nesta quarta-feira, os ministros Marina Silva (Meio Ambiente e Mudança Climática), Sônia Guajajara (Povos Indígenas), Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos), Alexandre Silveira (Minas e Energia), José Mucio Monteiro (Defesa) e a secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Fernanda Machiaveli, além de representantes dos ministérios da Saúde, Desenvolvimento Social, Secretaria de Relações Institucionais (SRI) e DNIT.