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Segunda, 25 Setembro 2023 09:04

FPT produzirá motor a gás para caminhões e ônibus no Brasil

Para a FPT Industrial, há uma grande tendência de o mercado latino-americano adotar, a curto e médio prazos, o biometano e o gás natural em veículos comerciais. Por isso, a empresa vai investir na produção local dos motores com essa tecnologia. A informação foi revelada ao Estradão pelo presidente da FPT, Marco Rangel.

Conforme o executivo, somente no Brasil, os caminhões e ônibus a gás deverão representar de 3% a 5% do mercado nos próximos cinco anos. Porém, ele afirma que o potencial chega a 11% de participação até 2030. Ou seja, a FTP aposta na alta da demanda. Portanto, vai ampliar a oferta de produtos.

Segundo Rangel, tamanha certeza está baseada nos movimentos com relação ao desenvolvimento do gás. Seja em termos de tecnologia de produção, bem como da ampliação da infraestrutura de abastecimento.  

FPT Industrial também aposta no agronegócio
Nos países vizinhos, como Argentina, Colômbia e Chile, essa solução está mais desenvolvida. Sobretudo, em termos de infraestrutura. Mais uma razão desses movimentos se tornarem cada vez mais crescente no Brasil, conforme o presidente da FPT Industrial.

Por exemplo, ele cita que já há fazendas produzindo biometano para abastecer tratores com motor a gás. Como resultado, a New Holand, fabricante de tratores que faz parte do mesmo grupo, também utiliza motores a gás da FPT.

Nesse sentido, o presidente da FPT diz que o potencial de produção também está ligado ao agronegócio. Afinal, atualmente o gás produzido em aterros sanitários é queimado, segundo ele. Assim, esse produto pode ser produzido com fonte de energia. Ou seja, transformado em biometano.

Transição
Seja como for, para Rangel quando se olha pelo prisma da transição energética, o gás é uma tecnologia interessante. O executivo lembra que no Brasil existem esforços independentes de políticas do governo, que visam acelerar o desenvolvimento da infraestrutura. Ou seja, sem depender de gasodutos ou investimentos que sejam morosos.

“Trata-se de uma solução viável, pronta e confiável. Ou seja, uma tecnologia comprovada em nível global. De fácil instalação no veículo e manutenção pouco complexa. Além disso, está se criando no Brasil um ecossistema de abastecimento do combustível”, diz.

Dessa forma, bons argumentos para a fabricante localizar a produção de seus motores, que hoje são importados da Europa. Nesse sentido, Rangel confirma que haverá a nacionalização. E ocorrerá ainda no próximo ano. Porém, agora se discute se a fabricação desses motores vai ocorrer na planta mineira de Sete Lagoas, ou na Argentina, em Córdoba.

Fonte: Estradão

Crédito Foto: Iveco/Divulgação

 

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