A presidente Dilma Rousseff anunciou um acordo com o governo alemão para investimentos em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), como portos e aeroportos, bem como em áreas de infraestrutura voltadas para a Copa do Mundo de 2014 e a Olimpíada de 2016. O anúncio foi durante declaração conjunta, após reunião de mais de uma hora com o presidente da Alemanha, Cristian Wulff, e a comitiva de empresários e autoridades daquele país.
"Apresentei ao presidente Wulff as novas oportunidades de investimento", disse Dilma. "Há expectativa de participação, dos investidores e da tecnologia alemã, também na construção de alta velocidade entre Rio e São Paulo", enfatizou ela, referindo-se ao trem-bala.
A presidente destacou que o encontro serviu para reforçar a parceria estratégica firmada há uma década com a Alemanha na área de comércio e investimento. No ano passado, as relações comerciais entre os dois países somaram mais de US$ 20 bilhões. "A Alemanha continua sendo nosso maior parceiro comercial na Europa e o Brasil, o maior mercado para as exportações alemãs na América latina", informou. "Há esforços para intensificar a diversificação do comércio bilateral, com agregação de valor às exportações brasileiras e com a incorporação de novos itens à balança comercial".
Segundo a presidente, o encontro entre os dois chefes de Estado serviu também para ampliar a cooperação no setor energético, "em especial para assegurar a ampliação do uso de energias renováveis de parte a parte". Ela lembrou que o Brasil promove o uso de etanol há mais de 30 anos, sem que isso tivesse efeito negativo sobre a produção de alimentos. "Ao contrário, gerou milhares de empregos e permitiu que nós reduzíssemos a emissão de gases do efeito estufa numa área extremamente complexa, como é o caso da área de combustíveis e de transportes de massa", enfatizou.
O maior consumo de biocombustíveis, destacou Dilma, dará maior segurança em relação à crise energética do Brasil e estimulará a introdução dos biocombustíveis no plano internacional, em especial na Europa e na América do Norte. "Esse será um novo capítulo de um empreendimento conjunto já existente, iniciado quando engenheiros teuto-brasileiros desenvolveram a tecnologia do motor flex, que integra hoje mais de 90% dos automóveis brasileiros", explicou. Em relação ao G-20, ela disse que "há uma necessidade de aprimoramento das governanças financeiras internacionais".
Segunda, 09 Mai 2011 11:47
Brasil e Alemanha estreitam laços com acordos para PAC
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