O Governo Federal tem como meta chegar a R$ 200 bilhões contratados com o setor privado para investir em infraestrutura de transportes em 2022. Para isso, o Ministério da Infraestrutura trabalha para fomentar uma maior participação de financiamento internacional na carteira de projetos, como ressaltou o ministro Marcelo Sampaio nesta segunda-feira (9), primeiro dia de roadshow em Nova Iorque, nos Estados Unidos.
“Viemos para conversas importantes com os fundos de investimentos, com os grandes bancos e com grandes operadores de infraestrutura de todo o mundo”, disse o ministro, que lidera a delegação brasileira. “Seguimos com essa agenda nesta semana e vamos atrair investimentos para prover infraestrutura para o Brasil. Isso gera empregos, eficiência e a infraestrutura de qualidade, o que traz riqueza para o nosso país”, afirmou. O grupo permanece na cidade até sexta-feira (13) para uma série de encontros para divulgar a carteira de projetos de infraestrutura.
Entre os projetos que despertam interesse, estão a sétima rodada de concessão aeroportuária, com 15 aeródromos divididos em três blocos e um investimento total que ultrapassa os R$ 7 bilhões; as rodovias do Paraná, com investimentos na ordem de R$ 44 bilhões; e a desestatização do Porto de Santos, com previsão de investimentos na faixa dos R$ 16 bilhões durante a duração do contrato.
Ferrovias
As inovações do Marco Legal das Ferrovias, que permitem a construção e operação de ferrovias por entes privados, têm atraído a atenção dos investidores. Dada a complexidade e a ambição do programa de concessões do Brasil, o MInfra trabalha para aperfeiçoar a modalidade de financiamento project finance com regresso limitado ou sem regresso aos acionistas, em que a garantia do financiamento recai principalmente na capacidade de geração de caixa decorrente da operação do ativo. Há um esforço do Poder Público em elaborar projetos robustos, incorporando as melhores práticas.
Na série de rodadas de negócios com possíveis investidores, Sampaio esteve com representantes do fundo soberano de Cingapura GIC e da gestora de fundos nova-iorquina Global Infrastructure Partners (GIP). A delegação brasileira participou ainda de um almoço em grupo com representantes do fundo francês Artisan, a gestora de ativos norte-americana Jennison Associates, entre outros.
Agenda
Nesta terça-feira (10), a delegação brasileira se reúne com o fundo de investimentos australiano Macquire, que tem como foco portos e rodovias. O objetivo é atrair os investimentos sobretudo para o leilão das rodovias do Paraná, previsto para este ano.
Na sequência, o grupo se reúne com os norte-americanos da EIG Global Energy Partners, que atua no Brasil em projetos de energia, mineração e logística no setor portuário. Representantes do banco de investimento multinacional UBS, de origem suíça, também integram a série de encontros de negócios com a equipe brasileira. A empresa tem US$ 2,6 trilhões em ativos sob gestão.
Empresa responsável por um dos maiores terminais portuários privados do Brasil, instalado na margem esquerda do Porto de Santos, a multinacional de logística DP World encerra o segundo dia de reuniões.
Fonte: Ministério da Infraestrutura