O diretor executivo da Federação  das Empresas de Transporte de Cargas do Estado do Paraná  (FETRANSPAR), Sergio Malucelli, disse ontem que a entidade ficou surpresa com  as declarações da Polícia Rodoviária Federal (7ª Regional) de que seriam multados os caminhões, sejam autônomos ou de empresas de transporte, que estacionassem seus veículos em acostamentos no trecho da BR 27 7, próximo ao Porto de Paranaguá.   Malucelli observa que o "estacionamento irregular", embora previsto no Código de Trânsito Brasileiro (capítulo XV, das Infrações, Art. 181), não acosta tal procedimento ao caso, pontualmente, pois, apenas utilizamos de tal procedimento face à ineficácia do setor público em prover uma logística competente para desaguar nossas riquezas".   Em documento dirigido ao Superintendente da PRF, Gilson Luiz Cortiano, a FETRANSPAR lembra: "como já é do conhecimento de Vossa Senhoria, as filas junto ao Porto de Paranaguá são ocasionadas face a intempéries, ausência de utilização e manutenção correta do Carga OnLine, seja pelo transportador, seja pelo setor público, ausência de infraestrutura decente, que concorre com a demora em se chegar a Paranaguá,  falta de segurança rodoviária, que não raras vezes causam inúmeros acidentes que interrompem vias dificultando ou atrasando a chegada ao Porto de Paranaguá e também a atuação dos demais poderes públicos ligados diretamente a atividade do Porto, como o fechamento de um dos 9 (nove) terminais na última sexta-feira (dia 9) pela Receita Estadual, ocasionando a fila na BR 277 no decorrer da semana".   Malucelli ressalta que o transporte rodoviário de cargas, setor econômico de extrema importância para o desenvolvimento de nosso Estado, "não pode ser sempre o vilão, muito menos responsabilizado pela ineficiência dos poderes públicos".