Quinta, 02 Fevereiro 2012 11:18
Uma sangria de R$ 1,5 trilhão
Leonardo Andrade, editor-chefe
Que a carga tributária do Brasil é uma das maiores do mundo, todos sabem. Em nosso País, as empresas, além de terem que pagar caro por insumos, equipamentos, capacitação, infraestrutura e outros itens primordiais para seu funcionamento, sofrem com a grande oneração da folha de pagamentos, impedindo a geração de mais empregos, e pagam uma conta astronômica em tributos para a união, Estados e Municípios.
Segundo números do Impostômetro, o Brasil arrecadou, em 2011, mais de R$ 1,5 trilhão, um recorde. Até a data do fechamento deste texto, 1º de fevereiro, a marca dos tributos arrecadados no país já havia ultrapassado os R$ 150 bilhões.
O que todos já estão cansados de se perguntar é: para onde vai todo este dinheiro, se os cidadãos, as empresas e todas as organizações da sociedade brasileira não têm a contrapartida destes tributos?
A educação pública é ruim, a segurança é precária, a infraestrutura está sucateada, o sistema de saúde não funciona… Diante de todo este cenário, não é raro ficar revoltado com a sanha arrecadatória brasileira e a completa falta de contrapartida.
Somos os primeiros no mundo em tributos e um dos últimos em retorno dos tributos à sociedade. E, como se o grande número de rubricas e alíquotas a serem pagas não bastassem, convivemos com um sistema de fiscalização e arrecadação bastante voraz, que pune os que não pagam os tributos em dia exemplarmente.
Movimentos contra este absurdo tributário brasileiro têm incentivado os cidadãos a levantar sua voz e reclamar. Um deles é o movimento Hora de Agir, que apoia a aprovação do Projeto de Lei 1.472/07, que exige que as notas fiscais de todos os produtos mostrem a porcentagem de tributos que o consumidor está pagando.
Este é um dos caminhos para melhorar a situação por meio da transparência. Outros ainda devem ser descobertos. Uma reforma tributária, há tantas décadas planejada e nunca realizada, seria uma forma mais eficaz de lidar com o tema.
Mas, o governo, guloso e gastão, não quer nem saber de diminuir seus ganhos com o suado dinheiro do povo e do setor produtivo. Este é o nosso Brasil. Um Brasil de R$ 1,5 trilhão pagos em tributos.
Extraída do Portal Transporta Brasil
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