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Quinta, 10 Novembro 2011 10:21

Sindicato dos transportadores de carga entra na Justiça contra prejuízos causados pela greve do Fisco na Paraíba

O Sindicato das Empresas de Transportes de Carga e Logística do Estado da Paraíba (SETCEPB & Logística) entrou com um mandado de segurança para garantir que os mais de 40 caminhões parados sejam deslacrados e as mercadorias possam ser entregues aos destinatários. O presidente do SETCEPB, Arlan Rodrigues, denunciou que, por causa da greve do Fisco, mais de seis mil mercadorias estão retidas, e que o Estado corre o risco de desabastecimento. A expectativa é que o efeito prático do mandado de segurança seja refletido imediatamente.   Arlan Rodrigues comentou que, desde que a greve foi deflagrada, há mais de um mês, os 30% dos auditores fiscais que continuam realizando o trabalho fazem o lacre dos caminhões, mas alegam falta de pessoal para conferir as notas fiscais com as mercadorias e efetivar o deslacre. Assim, os caminhões são obrigados a ficar parados nos pátios das transportadoras ou no Centro de Operações Especiais do Fisco. “Antes da greve, esse processo era feito no mesmo dia ou, no máximo, na manhã do dia seguinte”, explicou.   O presidente do SETCEPB informou que estas seis mil mercadorias retidas, entre alimentos, medicamentos e eletroeletrônicos, representam aproximadamente R$ 16 milhões. Ele ressaltou que já tentou negociar com o presidente do Sindicato dos Integrantes do Grupo Ocupacional Servidores Fiscais Tributários do Estado da Paraíba (Sindifisco), Vitor Hugo, mas até agora não obteve qualquer resposta. “Ele está causando tumulto para fortalecer a greve, mas os transportadores e a população é que sai prejudicada”, lamentou. E comentou: “Além do prejuízo na arrecadação, o Estado corre o risco de desabastecimento, pois 90% do que entra na Paraíba é por via terrestre.   A greve
O presidente do Sindifisco- PB, Victor Hugo, afirma que o movimento segue por tempo indeterminado e que, no momento, não há nenhuma assembléia agendada nem rodada de negociações com o governo prevista. Os fiscais reivindicam o pagamento imediato da Lei do Subsídio, que equivale a 9,5% de reajuste salarial e dizem que não houve nenhuma contraproposta do Estado.   O governo do Estado, por sua vez, diz que não tem condições de conceder reajuste neste momento e que os agentes fiscais serão beneficiados juntamente com os demais servidores estaduais em janeiro, quando será concedido reajuste geral para todos os servidores públicos do Estado.  
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