Dado divulgado recentemente mostra que as ações a favor da segurança no trânsito não estão surtindo o efeito desejado. O Brasil bateu um recorde histórico em relação as mortes no trânsito. Foram três mil a mais do que em 2009, segundo o Ministério da Saúde. É o maior número em 15 anos.   O que é mais assustador é que estes números representam as mortes no local do acidente, aquele que é levado ao hospital e morre uma semana depois, não entra nas estatísticas. Vocês imaginam onde esse número pode chegar? Especialistas acreditam que ele pode dobrar.   Um quarto destas mortes está relacionado às motocicletas, ou eram pilotos ou passageiros. O aumento da frota deste tipo de veículo é a explicação para esse número. Já escrevi isso em outros posts, os motociclistas são elementos frágeis no trânsito e parece que estão a todo o momento desafiando o perigo. Não importa quem está certo ou errado, se ocorre uma colisão é o motociclista que sempre sai perdendo. Qual é a vantagem de viver assim? Será possível encontrar uma forma harmoniosa dessa convivência no trânsito?   A embriaguez ao volante é outro fator que certamente está aumentando esse triste número. Em São Paulo, por exemplo, a quantidade de motoristas que se recusaram a fazer o teste do bafômetro neste ano já superou o total do ano passado. E o pior, entre julho e outubro, em pelo menos cinco acidentes de trânsito com mortes na cidade, os motoristas se recusaram a fazer o teste. O sentimento é de desânimo. Parece que não adianta lutar, tentar encontrar meios de atingir a sociedade, mudar leis, aumentar o rigor na fiscalização. Parece que nada dá certo. As pessoas não conseguem compreender que esse descaso pode ser pago com a própria vida. Sabe aquela história do viciado que só larga o vício quando quer? Não adianta ninguém falar ou fazer nada, então, acredito que no trânsito a lógica é a mesma.   Enquanto a sociedade não se mobilizar e não encontrar uma forma de contribuir com um trânsito mais seguro, nada que for feito em outras esferas terá o sucesso esperado. Está em nossas mãos!     Extraída do Blog do Trânsito