Quarta, 19 Outubro 2011 10:50
Crescimento do setor de transporte de carga rodoviário estimula a busca por qualificação
O cenário econômico mundial encontra-se debilitado devido à crise que abateu-se sobre ele nos últimos meses. Mas apesar disso existem algumas áreas que ainda não sofreram nenhum efeito desta crise, uma delas é o transporte de cargas rodoviário.
O problema do setor na verdade está em outra área, o de mão-de-obra. Empresas do setor avaliam que existam 40 mil vagas abertas para motoristas de caminhão no país.
Porém, para dirigir atualmente um caminhão não adianta apenas tirar a carteira de motorista é preciso mais.
O principal motivo é a qualificação da mão-de-obra, hoje o motorista precisa entender de tecnologia, isto devido ao fato dos caminhões serem em sua maioria monitorados via satélite e para isto são equipados com computadores.
A qualificação desta mão-de-obra aumenta a falta de profissionais no setor, já que não existe uma renovação de trabalhadores nesta área e os profissionais antigos sentem dificuldades em se adaptar as novas exigências.
“Existem muitos motoristas com mais idade que hoje estão fora do mercado exatamente pela dificuldade de buscar essa qualificação”, diz Rosane Confortini, coordenadora de treinamento do Sest-Senat.
O número de mercadorias que circulam pelo país pela malha rodoviária está em expansão, hoje são 60%. Com este aumento o profissional deste setor está cada vez mais procurado, mas as empresas não querem apenas experiência na estrada, exigem qualificação.
“O profissional que está qualificado e com a prática necessária para viajar nesse país tem o emprego imediato”, calcula Kagio Miura, diretor do sindicato das transportadoras.
No entanto, o grande crescimento do setor está estimulando os profissionais a buscarem a qualificação. Os motoristas estão deixando as estradas para estarem nas salas de aula.
“Vendo que o país está em expansão e está crescendo bastante, com profissionais cada vez mais qualificados, vim buscar mais conhecimento na área”, comenta o aluno Márcio Fernandes.
A intenção do Serviço Nacional de Transporte é formar 67 mil motoristas ao ano. São 138 unidades em vários estados.
Lembrando que para ser um motorista profissional antes de tudo é preciso ter habilitação especial nas categorias D ou E.
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