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Segunda, 08 Agosto 2011 10:58

Transnordestina fecha primeiros acordos de cargas

Responsável pelo projeto da ferrovia Transnordestina, a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) começou a fechar os primeiros contratos de transporte de cargas para a estrada de ferro de 1.728 quilômetros de extensão. Apesar de o início parcial das operações estar previsto somente para o fim do ano que vem, a empresa já assinou memorandos de entendimento para a movimentação de até 16 milhões de toneladas anuais de granéis líquidos, especialmente minério de ferro e gipsita.
Segundo apurou o Valor, o principal acordo foi fechado com o grupo Bemisa, braço minerador do Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas. A empresa detém os direitos de exploração de uma vasta área no sudeste do Piauí, no entorno do município de Paulistana. A exploração da reserva, estimada em 1 bilhão de toneladas, só se tornou economicamente viável com a chegada da ferrovia, que passará pela região.
Trata-se do principal acordo firmado até agora pela Transnordestina Logística (TLSA), empresa controlada pela CSN. Contudo, já há também entendimentos com fabricantes de gesso da região de Araripina, em Pernambuco. Segundo Edison Pinto Coelho, diretor-executivo da TLSA, os memorandos, somados, preveem uma movimentação inicial de 2 milhões de toneladas por ano, podendo chegar a 16 milhões de toneladas anuais quando a ferrovia estiver operando a plena capacidade.
Ele explicou que o preço elevado do minério de ferro no mercado internacional tem encorajado a exploração do solo piauiense, que ainda não começou. "O cenário positivo incentivou e o mercado está se movimentando para ter essa opção logística. A surpresa positiva é que esse movimento está bem maior do que o estimado inicialmente", afirmou o executivo, que se disse impedido de revelar os nomes dos clientes.
Por meio de nota, a Bemisa informou apenas que sua produção no Piauí será iniciada em 2015, com 5 milhões de toneladas, atingindo o dobro deste volume dois anos mais tarde. Fundada em 2007, a empresa tem seus principais projetos em Mato Grosso (fosfato), Goiás (níquel), Bahia (minério de ferro) e Minas Gerais (minério de ferro).
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