Os caminhoneiros que estão concentrados no Distrito Federal afirmam ter solicitado uma reunião nesta quarta-feira (4) com o ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto, para tentar algum acordo com o governo e dar fim à paralisação. Deputados se reuniram com uma comissão de caminhoneiros nesta terça para elaborar uma pauta de reivindicações da categoria.   O grupo deu início a um protesto há duas semanas contra a alta do diesel, o valor dos pedágios e a redução do preço do frete e, desde então, montou uma série de bloqueios em diversas rodovias brasileiras. Cerca de 50 caminhoneiros chegaram a Brasília nesta terça para tentar dialogar com o governo. Eles se concentraram no estacionamento do Estádio Nacional Mané Garrincha.   O deputado Valdir Colatto (PMDB-SC) afirmou ao G1 que os parlamentares marcaram um encontro entre Rossetto e a categoria para esta terça, mas os caminhoneiros não foram recebidos pelo ministro. Ele afirmou que alguns colegas levantaram a proposta de trancar a pauta de votação da Câmara dos Deputados enquanto não resolver o problema.   "Acho que a maioria dos deputados está apoiando a causa para buscar uma solução", disse. "O governo está radicalizando, não avança, não conversa. Temos que pelo menos tentar intermediar essa conversa com a categoria para tentar resolver o problema deles."   Uma nova reunião entre parlamentares e a categoria ocorre nesta quarta, às 10h, para saber sobre o posicionamento do ministro sobre o encontro. "Se não houver retorno, a previsão é que a comissão vá até o gabinete do ministro", disse. "Eu acho que se o governo tiver um pouco de juízo eles vão recebê-los e dar uma posição definitiva. Está todo mundo sem saber o que fazer. Os caminhoneiros têm que decidir se continuam a greve ou não, e o governo tem que dar uma posição final."   Integrantes da comissão, o caminhoneiro Gilberto Bandeloff afirmou que o grupo está esperançoso em se reunir com o ministro. "Na nossa opinião ele vai receber nossa pauta. Dando uma resposta favorável para a gente, a nossa intenção é voltar a trabalhar o mais cedo possível", disse. "Temos compromissos, as contas estão chegando, estamos mais de 15 dias parados sem receber nada, mas se não fizermos nada é melhor ficar parado."   Bandeloff afirmou que, se não houver acordo com o governo, a previsão é que a categoria volte a bloquear as estradas. "Daqui a pouco vamos desaparecer do mercado. Quase tudo que é transportado depende do caminhão e não conseguimos mais trabalhar", disse. "Se não houver acordo, a gente vai voltar para casa e vamos fazer o bloqueio nas estradas, e dessa vez vai ser maior."   Extraído do G1