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Terça, 23 Dezembro 2014 15:12

BR-262 é uma das estradas mais perigosas do país

  O Bom Dia Brasil percorreu sete estados para saber como estão as estradas até o litoral.
Nesta terça-feira (23), o trajeto começa em Minas Gerais, na BR-262. Depois, a BR-101 para chegar em Guarapari, no Espírito Santo. São mais de 500 quilômetros de viagem. A BR-262 é uma das mais perigosas do país. São muitas curvas e o Bom Dia Brasil flagrou muitas ultrapassagens arriscadas.
A BR-262 cruza o país no sentido leste-oeste. Interliga os estados do Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo e Mato Grosso do Sul. É considerada uma das estradas mais perigosas do país.
A maioria dos acidentes ocorre em um trecho próximo de Belo Horizonte. Segundo a polícia, quem se aproxima da cidade quer chegar logo e quem está de partida quer acelerar a viagem. A pressa e a ansiedade acabam provocando as batidas mais graves.
“É a BR da morte? Realmente é muito perigoso!”, diz um homem.
Entre a Região Metropolitana de Belo Horizonte e João Monlevade, a BR-262 e a BR-381 se unem, formando uma única rodovia de belas paisagens, com montanhas e grandes altitudes. Na região, é preciso atenção redobrada.
“No final da madrugada e início do dia, temos problemas de neblina, nevoeiro. No período de chuva, que começa a acontecer agora no final do ano, o risco aumenta muito, porque a pista fica escorregadia”, explica Aristides  Júnior, da Policia Rodoviária Federal.
São cerca de 120 quilômetros de pista simples com 250 curvas.
“Não tem acostamento, não tem terceira faixa, onde tem terceira faixa não cabe o caminhão”, alerta o motorista José Fernandes.
Há placas de sinalização. Mas é comum flagrar motoristas imprudentes.
Na cidade de João Monlevade, região leste do estado, a rodovia se divide: de um lado segue a BR-381. Do outro, a BR-262 segue por mais 200 km até um dos destinos turísticos mais procurados do Espirito Santo.
Continuamos a viagem da divisa de Minas com o Espírito Santo. Durante todo o trajeto, encontramos motoristas apressados, que se arriscam em ultrapassagens proibidas e perigosas.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal, o movimento na rodovia dobra durante o verão, por causa dos turistas que vão para as praias do litoral capixaba. Gerson é de Brasília. Há 17 anos, leva a família para Guarapari e conhece bem os perigos da estrada.
"Muita curva e a imprudência. O perigo maior é a imprudência. Às vezes não tem lugar para ultrapassar e mesmo assim o cara joga na contramão e salve-se quem puder", diz o turista Gerson Félix.
O trafego intenso de caminhões deixa o trânsito lento. E os mais impacientes dão um show de imprudência. Em uma curva, mostrada em vídeo, dois carros e um caminhão ignoram a faixa contínua. Mesmo onde é permitida, a ultrapassagem quase sempre é perigosa. Um carro que estava no sentido contrário teve que desviar para o acostamento.
O turista que for ao Espírito Santo pela BR-262 vai encontrar neste verão uma fiscalização mais rigorosa; 25 radares novos foram instalados. Ao todo, no caminho para o balneário de Guarapari, existem 32 radares que vão flagrar o excesso de velocidade.
Em toda a rodovia, o limite é de 60 quilômetros por hora. Quem vem de Minas, segue pela BR-262 até o município de Viana, na Grande Vitória. São 185 quilômetros. Depois, a viagem para Guarapari continua por mais 40 quilômetros pela BR-101. Na região, a rodovia foi privatizada. Tem pedágio, de R$ 3,50. A estrada é boa, sinalizada. Mesmo assim, é preciso atenção.
“Não force a ultrapassagem. Você já está chegando próximo à praia, não vale a pena se arriscar. A gente pede aos condutores que, ao se deparar com o caminhão lento, que espere a abertura da terceira faixa”, orienta Valdo, inspetor da Polícia Rodoviária Federal.
Seguindo as orientações e viajando com segurança, a recompensa é uma bela praia em Guarapari.
O DNIT informou que instalou 39 radares e três lombadas eletrônicas no trecho entre Belo Horizonte e João Monlevade. Há obras de duplicação em alguns pontos. Extraído de: Bom dia Brasil?
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