A cidade de Oiapoque, no Amapá, extremo norte do Brasil, está isolada por terra. A principal rodovia federal virou um atoleiro e os moradores já enfrentam racionamento de energia.   No comércio de Oiapoque as mercadorias começam a faltar.   Os moradores também reclamam da escassez de gasolina e de óleo diesel, que é usado pelos geradores da Companhia de Eletricidade do Amapá. A cidade de Oiapoque está isolada por causa dos atoleiros que se formaram na principal rodovia federal que corta o Estado, a BR-156.   O pior trecho de atoleiro fica a cerca de 90 quilômetros do município de Oiapoque. Cinco caminhões bi-trens com combustível para abastecer o município estão atolados na estrada. Os atoleiros começaram a se formar há um mês por causa das chuvas na região.   "Nós estamos há dois dias para andar três quilômetros", contou um homem.   Quem usa ônibus, acaba abandonando o veículo no meio da estrada em busca de carona.   Leo Serrão, bancário: Tem ônibus que está na frente que já está há quase três dias. O pessoal já está sem comida, sem água e sem tomar banho.   São pelos menos cinco quilômetros de atoleiros em um trecho de 110 quilômetros da BR que não é asfaltado. A prefeitura de Oiapoque está tentando rebocar os caminhões com óleo diesel. A Companhia de Eletricidade do Amapá quer passar o combustível para caminhões menores, mas não sabe quanto tempo essa operação vai demorar.   "O Comando da Polícia Militar destacou policiais para dar ordenamento na estrada, para poder conduzir essa operação com tranquilidade", explicou Jucicleber Castro, diretor da Companhia de Eletricidade/AP.   Enquanto isso, em época de Copa do Mundo, os moradores de Oiapoque entram em desespero. Eles já organizaram manifestações na rua temendo não acompanhar os jogos do Brasil.   "Isso é uma vergonha, gente. Olha, eu não estou querendo nada demais, estou querendo a contribuição, o retorno dos meus impostos. Só isso", disse Antônio Leite, comerciante.     Extraído de: Bom Dia Brasil