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Sexta, 09 Mai 2014 11:57

Infraestrutura brasileira tem pior avaliação, segundo instituto de logística

A nota média de avaliação dos executivos do setor de logística para a infraestrutura brasileira caiu para 4,8 no ano passado, de uma média de 5 em 2011, segundo pesquisa que o presidente do Instituto Brasileiro de Logística, Paulo Fleury, mostrou ontem no XII Seminário Guarani - Cenários e Perspectivas para os Mercados de Açúcar, Etanol e Energia - Safra 2014/15, em São Paulo. Em 2009 a nota era 5,2. Segundo os executivos ouvidos na pesquisa, os maiores impactos negativos da atual infraestrutura de logística são aumentos de custos (99%), aumento do prazo de entrega (99%), perda de renda (95%), inviabilização de investimentos privados (92%) e aumento de estoques (90%).   “Apesar dos muitos investimentos, nunca se investiu tanto em infraestrutura no Brasil, a avaliação da nossa infraestrutura está caindo”, disse Fleury. De acordo com ele, a falta de infraestrutura de logística afeta a competitividade internacional do Brasil. É o que ocorre no Porto de Santos, que perdeu quase um metro de profundidade de seu canal de navegação desde o finaldo ano passado, reduzindo a capacidade de carga dos navios que escalam na região e, consequentemente, a competitividade do complexo marítimo. Essa perda ocorreu pois a obra de dragagem, que mantém a fundura do acesso hidroviário, foi interrompida quando a Secretaria de Portos ordenou que o contrato do serviço fosse rescindido.   A pasta passou a preparar uma nova licitação para a contratação da atividade, que ainda não foiconcluída. Segundo o presidente do Instituto Brasileiro de Logística, os executivos do setor acreditam que, se os problemas de infraestrutura fossem mitigados, o Brasil poderia crescer mais rapidamente. “Segundo os profissionais de logística, a falta de disponibilidade de vias e modais é tão prejudicial quanto a qualidade das mesmas”, disse.    Para 49,6% dos pesquisados, o maior obstáculo é a qualidade da infraestrutura existente. A falta de disponibilidade é apontada por 50,3%. Ainda de acordo com Fleury, desde o inicio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, a participação das rodovias aumentou, quando deveria diminuir, porque as grandes obras não foram acabadas.   “Nossa presidente (Dilma Rousseff)estátendo queengolir sapos porque o coração do Governo não gosta do empresário.   Entende que ganhar dinheiro é crime, é pecado”, afirmou o presidente do Instituto Brasileiro de Logística. A nota dos profissionais de logística ao PAC, que em 2011 era 6,2, caiu para 5,7 no ano passado. A avaliação deles para a implementação dos projetos do PAC passou de 4 em 2011 para 3,9 em 2013. “Isso mostra a falta de confiança dos empresários na capacidade do Governo em implementar os projetos de infraestrutura de logística”, disse Fleury.     Extraído de: A Tribuna
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