Terça, 01 Abril 2014 11:58
Indústria brasileira tem leve avanço em março, diz HSBC/Markit
A atividade da indústria brasileira continuou a se expandir pelo quarto mês consecutivo em março, puxada pelo aumento da produção, de acordo com o Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês), calculado HSBC e pela Markit. Houve também um inesperado aumento nas contratações.
O indicador subiu de 50,4 pontos, em fevereiro, para 50,6 pontos, em março. Medições acima de 50 indicam expansão da atividade e, abaixo, retração. O PMI industrial brasileiro está acima dessa linha há quatro meses, embora siga abaixo da média histórica.
De acordo com o relatório divulgado pelo HSBC/Markit, cresceram as compras de matérias-primas, indicando uma antecipação de aumento de demanda. Também aumentaram as contratações, um dos pontos do PMI que surpreenderam.
“Chamou nossa atenção o fato de as empresas terem sinalizado a expansão mais rápida do emprego em 12 meses. É algo surpreendente, se levarmos em conta a fraqueza geral da economia”, afirmou André Loes, economista-chefe do HSBC no Brasil, em nota.
Mercado externo
A pesquisa mostrou que as novas encomendas aumentaram pelo quarto mês consecutivo, mas em um ritmo mais lento que em fevereiro. Em contrapartida, as encomendas do mercado externo continuaram a cair.
Quanto aos estoques, enquanto os de pré-produção caíram pelo 34º mês consecutivo, os de produtos acabados ficaram estáveis, ante fevereiro.
Elevação de preços
A indústria continua a informar aumento de custos, creditado principalmente à desvalorização do real. Como resultado, os preços de fábrica foram elevados novamente em março. De um modo geral, a taxa de inflação de preços cobrados foi sólida e a mais forte em quatro meses.
O PMI mede a atividade da indústria levando em conta itens como produção, emprego, encomendas e preços, a partir de informações levantadas entre cerca de 400 companhias.
Extraída do Valor Econômico