Quinta, 13 Março 2014 10:43
Motoristas reclamam de cobrança de estacionamento no Ceagesp
Caminhoneiros reclamaram do início da cobrança de estacionamento na Companhia de Entreposto e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), na Vila Leopoldina, Zona Oeste de São Paulo, que começou nesta quinta-feira (13), como mostrou o Bom Dia São Paulo. Eles também criticaram a mudança no trânsito no maior entreposto de alimentos da América Latina.
O valor da tarifa muda com o tempo de permanência do veículo. Os caminhoneiros terão que pagar pela quantidade de eixos. Veículos com dois eixos deverão desembolsar R$ 4 por 4 horas. O valor pode chegar a até R$ 50, caso o caminhão fique por mais de 10 horas no estacionamento. Já os caminhões com três a seis eixos pagam entre R$ 5 e R$ 60 (veja abaixo os valores).
Os carros de passeio terão que pagar R$ 6 por até uma hora para parar em uma das 1.300 vagas dos quatro bolsões. O preço do estacionamento pode atingir os R$ 50 acima de 10 horas. As motocicletas pagam um valor único de R$ 2 a diária. Aos sábados e domingos, o preço único para quem vai ao Varejão é de R$ 4.
“Agora vai ficar mais complicado. É absurdo um negócio desses aqui. Tanta coisa que a gente já paga. Uma cobrança dessas é cara”, afirmou o caminhoneiro Juliano dos Santos.
A cobrança faz parte de um pacote de medidas anunciado em setembro de 2013 para melhorar a circulação dentro da Ceagesp, por onde passam 60 mil pessoas todos os dias. A empresa vencedora da licitação instalou de 320 câmeras de monitoramento e de novas placas de sinalização.
Além da cobrança do estacionamento, caminhoneiros e comerciantes reclamam da mudança de mão de algumas vias, o que obriga os motoristas a darem uma volta maior. O anel viário, que é a avenida que passa por toda a Cegesp, tem sentido único.
O caminhoneiro Antônio Marcelino, de Itaporanga, na região de Itapetininga, faz entregas de legumes. “Eu entro no portão três e tenho que dar volta inteira para encostar do lado do portão rês. Eu levada dois minutos para encostar e agora vou levar 15. Se for horário de pico, vai levar meia hora, uma hora para conseguir dar a volta”, afirmou.
José Luiz Batista, presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp), que representa comerciantes e produtores rurais, critica as mudanças. “Está levando três vezes mais tempo”, declarou.
Apesar das reclamações, o presidente da C3V, Roberto Meira, afirmou que não pretende rever o projeto. “O que nós estamos fazendo hoje é readequando um ponto aqui e outro ali, atendendo a uma solicitação dos permissionários, caminhoneiros e usuários no sentido de melhorar a acomodação dentro do entreposto”, afirmou. Empresa diz que dinheiro arrecadado será investido em melhorias na infraestrutura.
O comerciante Marcus da Purificação, que vende peixes, o custo maior vai ser repassado para a mercadoria. “O valor do pescado vai aumentar bastante. Está diminuindo o consumo. O transito aumento absurdo. Vai demorar mais para chegar até o consumidor. Está o caos isso aqui”, afirmou.
Motocicletas
Diária R$ 2
Carros
Até 1 hora R$ 6
De 1 a 2 horas R$ 9
De 1 a 3 horas R$ 11
De 3 a 4 horas R$ 13
De 4 a 8 horas R$ 16
De 8 a 10 horas R$ 20
Acima de 10 horas R$ 50
Caminhões de 2 eixos
Até 4 horas R$ 4
De 4 a 6 horas R$ 6
De 6 a 8 horas R$ 8
De 8 a 10 horas R$ 10
Acima de 10 horas R$ 50
Caminhões de 3 a 6 eixos
Até 4 horas R$ 5
De 4 a 6 horas R$ 7
De 6 a 8 horas R$ 9
De 8 a 10 horas R$ 11
Acima de 10 horas R$ 60
Varejão Sábado/ Domingo
Diária R$ 4
Extraído de: G1