O ministro dos Transportes, César Borges, garantiu que, até junho, serão entregues os trilhos das ferrovias da Valec.   A estatal depende do material para concluir a extensão sul da Ferrovia Norte-Sul, entre Ouro Verde (GO) e Estrela D’Oeste (SP), e de metade da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol), entre os municípios de Barreiras e Ilhéus, na Bahia. Juntos, esses trechos totalizam mais de 1,2 mil km de malha ferroviária.   Apesar do prazo exíguo e do histórico de atrasos dos dois empreendimentos, Borges disse que ambos estarão prontos até dezembro deste ano.   O trecho da Norte-Sul, segundo o ministro, já está 53% concluído. Na Fiol, onde nenhum trilho foi lançado até hoje, os avanços se limitam a intervenções de abertura de traçado e fabricação de dormentes de concreto.   Borges garantiu que a fabricante chinesa Pangang, que venceu a mais recente licitação da Valec para fornecimento dos trilhos, abrirá um escritório próprio no Brasil até o mês que vêm. Essa exigência de presença local foi imposta pelo governo para dar “mais segurança” ao contrato.   A representante brasileira da Pangang, o escritório RMC, permanecerá como parceiro dos chineses, segundo o ministro. “Os trilhos devem chegar até 90 dias depois disso”, disse Borges.   Na semana passada, uma composição de vagões percorreu o trecho da Norte-Sul que liga as cidades de Palmas (TO) a Anápolis (GO).   A expectativa é que o trecho fique pronto em março. Para cumprir a promessa de entregar 1,2 mil km de ferrovias prontas até o fim deste ano, a Valec tem que instalar, a partir de junho, mais de 170 km de trilhos por mês.   Há duas semanas, a estatal assinou contratos que liberaram dois trechos da Fiol. Ambos foram firmados com a empresa Pavotec, depois de terem sido rejeitados por empreiteiras que se negaram a assumir as novas condições de obras impostas pela Valec.   Os dois lotes, que originalmente somavam investimento de R$ 1,295 bilhão, agora custarão R$ 1,458 bilhão, uma conta extra de R$ 163 milhões.     Extraído de: Agência T1