Documento sem título
Quinta, 07 Julho 2011 11:27

CNA quer ampliar capacidade dos portos em 70 milhões de toneladas

Diogo Xavier   O consultor da Confederação Nacional da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) Luiz Antônio Fayed afirmou na Câmara que é preciso ampliar a capacidade dos portos brasileiros em 70 milhões de toneladas, apenas para o agronegócio, até 2020. Segundo ele, isso equivale a 10% do trânsito de mercadorias ocorrido ano passado nos portos nacionais. Fayed participou nesta terça-feira de audiência pública realizada pela Comissão de Viação e Transportes que discutiu soluções para os problemas do sistema portuário nacional.   Em 2010, lembrou o consultor, o agronegócio exportou R$ 63 bilhões. Fayed destacou ainda que, há 50 anos, o Brasil era importador de alimentos e que hoje é o segundo maior fornecedor do mercado internacional de exportações, atrás apenas dos Estados Unidos. “Deveremos superar os Estados Unidos num horizonte de cinco a dez anos, porque eles já não têm mais fronteira agrícola a ocupar, ao passo que nós temos uma grande fronteira agrícola”, explicou.   Investimentos privados
Já o secretário-executivo da Associação Brasileira de Terminais e Recintos Alfandegários, Matheus Miller, afirmou que os portos brasileiros estão bem estruturados. Segundo ele, isso é resultado de uma legislação que permite investimentos privados no setor. “Isso atrai e continua atribuindo recursos”, justificou. Matheus Miller destacou que, graças aos investimentos privados, os portos duplicaram sua capacidade de exportação em dez anos.   Segundo o representante do Ministério dos Transportes na audiência, Edison Vianna Júnior, um dos desafios na execução dos recursos destinados à pasta é conciliar as obras de infraestrutura com a preservação ambiental e das terras indígenas. Ele destacou que o ministério possui R$ 2,7 bilhões, previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), para investir no setor.   Autor do requerimento para realização da audiência, o deputado Alberto Mourão (PSDB-SP) ressaltou que o colegiado vai mapear as deficiências de cada setor da área de transportes e, depois, redigir relatório sobre o assunto. “A preocupação é medir o que tem de gargalo. Se precisamos reformar a legislação que está em vigor ou criar novas legislações que possam aprimorar o sistema, quais são as obras que estão efetivamente andando e quais são as prioritárias para o governo federal”, disse.  
TOPO