O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, informou, nesta sexta-feira (18/10) que o financiamento do banco direcionado à infraestrutura chegará a R$ 30 bilhões em 2013 e será de R$ 33 bilhões em 2014, ante R$ 24,5 bilhões em 2012.   Segundo Coutinho, a expectativa do banco é de que a logística amplie de 20,6% para 22,2% a taxa de investimento sobre o Produto Interno Bruto (PIB) até 2018. Ele reafirmou que a expectativa é de ampliação da contribuição do mercado de capitais no investimento, e que "o BNDES terá níveis mais baixos de participação nos investimentos com o aumento do mercado de capitais".   Ele disse ainda que o governo e o BNDES trabalham intensamente para que o mercado amplie a emissão de debêntures, e a expectativa é de abrir espaço para a participação de até 20% desses papéis em futuros projetos. Coutinho repetiu ainda que a redução dos aportes do Tesouro na instituição será gradual. "Queremos combinar crescimento com gestão fiscal", completou.     Perspectiva positiva   A perspectiva de recuperação da economia global é positiva, apesar de todos os percalços, disse o presidente do BNDES. No entanto, segundo ele, dois fatores ainda podem atrasar uma retomada mais forte: o fim da injeção de liquidez no mercado pelo governo americano e ainda a recuperação tênue de alguns blocos, como a União Europeia.   "A grande discussão é quando começará o fim do quantitative easing (relaxamento quantitativo). O fim do quantitative easing dificilmente será retomado antes do fim do impasse do Congresso com governo dos EUA, mas redução da liquidez nos EUA, que acontecerá na primavera ou no verão (no Hemisfério Norte) provocará uma nova onda de instabilidade". Coutinho citou que a recuperação da economia ainda é tênue, mas que a China administra a desaceleração local e avaliou que os analistas superestimaram o crescimento da economia global.     Extraído de: Época Negócios