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Segunda, 09 Setembro 2013 11:12

Banco acerta consórcio para financiar infraestrutura

A pouco mais de uma semana do primeiro leilão de rodovias, os bancos privados conseguiram ter algumas das suas reivindicações atendidas e aceitaram fazer parte do consórcio que financiará as concessões.   Coordenado pelo Banco do Brasil, o consórcio deve ter a participação de Caixa Econômica Federal, Bradesco, Itaú, Santander, Citi, HSBC, Votorantim e de alguns bancos menores.   Cada instituição poderá definir qual a porcentagem e o prazo de financiamento que assumirá, segundo a análise de crédito e do relacionamento com o vencedor dos leilões.   O desenho vale para financiar as rodovias, mas poderá ser replicado também nas ferrovias.   Apesar de as concessões serem de 25 anos, os bancos agora poderão financiar os projetos por períodos inferiores, de, no mínimo, 10 anos.   Foram criadas ainda cláusulas de saída para os bancos adequarem o prazo do financiamento à captação dos recursos.   O teto máximo de juros do repasse do dinheiro do BNDES, principal fonte de recursos, será de 7% -soma de 5% da TJLP mais 2 pontos percentuais de ganho para as instituições financeiras.   Os bancos privados reivindicavam elevar esse ganho, mas conseguiram fazer com que o BNDES reduzisse sua própria comissão.   Do total de 2 pontos percentuais, o banco de fomento costumava ficar com 0,75 ponto, restando à instituição financeira que intermediou o negócio 1,25 ponto; nesses projetos, esse patamar pode chegar a 1,85 ponto.     Pleitos Privados   Os bancos privados têm ainda dois pleitos, que foram levados ao governo.   O primeiro é a desoneração tributária do empréstimo, com a redução para zero da alíquota de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).   O segundo é criar um mecanismo de garantias, que permita consumir menos capital próprio disponível de cada banco para viabilizar o financiamento.   Dessa forma, o banco ficaria com mais folga para financiar um percentual maior das concessões, mantendo seus outros negócios.   O ministro Guido Mantega (Fazenda) deve se reunir com os presidentes dos bancos até a próxima semana para fechar os consórcios.     Extraído de: Folha de S.Paulo
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