O segundo painel do XIV Congresso Nacional Intermodal dos Transportadores de Cargas da Associação Brasileira de Logística e Transporte de Cargas (ABTC), realizado na tarde de quarta-feira (04), teve como destaque a presença do Diretor de Planejamento e Avaliação da Política de Transportes do Ministério do Transporte, Francisco Luiz Baptista Costa. Representando o Ministro dos Transportes, César Borges, Francisco Baptista compôs a mesa que contou ainda com o economista Jorge Arbache e o Coordenador de Infraestrutura Econômica do IPEA, Carlos Campos.
Ao iniciar sua participação, Francisco Baptista destacou o tratamento prioritário dado pelo atual governo à infraestrutura, pelo caráter estratégico do transporte na economia. “O Brasil tem ilhas de eficiência produtivas já consolidadas e, para essas áreas, a ação do Ministério dos Transportes torna-se fundamental, a fim de acabar com os gargalos existentes e que travam o avanço da economia nacional. Segundo ele, o governo está em um processo de reaprendizado e montagem de uma nova estrutura, capaz de retomar o desenvolvimento do setor. “Pagamos um preço alto de décadas sem investimento. Quando conseguimos equacionar a questão financeira, nos deparamos com a falta de capacidade de execução”, finalizou o diretor.
Com a palavra, o professor de economia Jorge Arbache citou o extraordinário momento que o Brasil e o mundo vivem, graças a fatores como a globalização do mercado e a interdependência entre os países. E para atingir a realização do potencial de crescimento econômico, o país precisa modernizar e ampliar o setor. “O transporte é parte fundamental dos custos de produção e fator determinante para ganho de competitividade frente a outras nações”, afirmou Arbache.
Nesse sentido, Carlos Campos destacou os investimentos no transporte, que cresceram, entre os anos de 2003 e 2010, mas ainda estão longe do ideal, se comparados com países desenvolvidos. “Os 26 bilhões de reais investidos pelo governo significam algo em torno de 0,60% do PIB. Países como Rússia e China investem, em média, 3,4% do PIB em transportes”, ponderou Campos. Para o consultor do IPEA, o crescimento obtido nesse período é um importante passo a frente, mas ainda é necessário esforços para alcançar o que é feito pelos países emergentes. “Se o País não conseguir acelerar os processos pré-obras, teremos muitas dificuldades em tocar os projetos propostos pelo governo, pois as dificuldades continuarão sendo enormes”, encerrou Carlos Campos.
Sexta, 06 Setembro 2013 10:13
Investimento em infraestutura do transporte ganha destaque no Congresso da ABTC
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