A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) está promovendo audiências públicas em Mato Grosso do Sul para discutir a implantação de uma nova linha férrea no estado, que liga a São Paulo e será uma alternativa para o escoamento da produção de grãos. Na última quinta-feira (8), em Campo Grande, autoridades, representantes de associações e a população em geral deram sugestões.   A ferrovia será uma concessão à iniciativa privada e terá cerca de 660 km de extensão, passando por 21 municípios entre Estrela d'Oeste (SP) e Dourados (MS). A estimativa de investimentos é de mais R$ 4,2 bilhões. O projeto faz parte do Programa de Investimentos em Logística do Governo Federal. A previsão é de que o edital seja publicado até o início de 2014, e as obras devem ficar prontas em cinco anos a partir da assinatura do contrato.   Especialistas avaliam que a ferrovia não atende a um grande anseio dos produtores rurais, que é a ligação direta com algum porto. "Se não resolver a questão do acesso ao porto, fazer um anel ferroviário na Grande São Paulo, e resolver o problema da cremalheira para descer a Serra do Mar, não resolve", diz o consultor João Pedro Cuthi Dias.   Em março passado, os problemas de logística ficaram evidentes quando boa parte dos carregamentos de soja que saíram de Mato Grosso do Sul ficou parada nas estradas. Problemas de infraestrutura nos portos de Paranaguá (PR) e de Santos (SP) provocaram filas de caminhões. De acordo com a Federação de Agricultura e Pecuária (Famasul), 75% da produção de soja do estado são escoados por esses dois portos.     Extraído de: G1