Terça, 25 Junho 2013 12:36
Portos brasileiros devem receber US$ 25 bilhões
Depois da provação da nova Lei dos Portos, pela Câmara dos Deputados, a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) dará início ao processo de novas licitações nos portos públicos.
Esta é a informação do diretor geral da entidade, Pedro Brito, lembrando que serão cerca de 150 novas licitações no Brasil inteiro, incluindo todos os portos, para arrendar diversos tipos de instalações portuárias. Os terminais são variados, como de contêineres, de soja e de minério, dentre outros, devendo envolver a cifra total de US$ 25 bilhões. Ele lembra que os portos cearenses - de Fortaleza (no Mucuripe) e do Pecém -, estão incluídos nesse tipo de negócio, ou seja, poderão ter suas instalações arrendadas por interessados. Ele deixa claro que esses portos não serão privatizados, apenas arrendados.
Pedro Brito revelou, ainda, que a Antaq já recebeu, pelo menos até agora, 123 novos pedidos de autorização para portos privados. Informa que essas autorizações serão concedidas a partir do próximo mês de agosto. Observou que também podem ocorrer casos de privatizações em todo o País, sendo que os terminais privatizados são de granéis - para exportação de nossa produção agrícola (principalmente soja) -, inclusive localizados na região Norte do Brasil.
INVESTIMENTOS
O diretor da agência observou que existem muitos terminais de atendimento da Petrobras na área de petróleo e gás, atualmente. Por outro lado, lembra que somente essas 123 instalações que deverão ser arrendadas, ou mesmo privatizadas, deverão envolver investimentos - nos próximos cinco anos -, da ordem de US$ 12 bilhões, no Brasil. Ele revelou, ainda, que os investimentos totais, incluindo esse tipo de negociação que foi aprovado pela Câmara Federal, e que aguarda apenas a sanção da presidente Dilma Rousseff, deverão envolver a importância de US$ 25 bi.
O objetivo principal é agilizar as operações de carga e descarga em nossos portos, visando aproximar esse tipo de serviço prestado em território nacional, ao dos principais portos do mundo.
“Teremos muitos investimentos portuários, no Brasil inteiro, para melhorar a nossa logística, diminuir as filas de caminhões, ou melhor, acabar com elas”, justificou. Segundo Pedro Brito, fila em porto significa a redução da competitividade da economia brasileira e, por isso, menos produtividade. A intenção do Governo Federal, como alertou, é acabar, de fato, com todas as filas nos portos brasileiros.
Extraído de: O Estado/CE