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Quarta, 15 Junho 2011 10:20

Uso de ferrovias para movimentação de carga deve crescer no Brasil

Bernardo Figueiredo, diretor geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), durante o 6º Encontro de Logística e Transportes, falou sobre a regulamentação de pontos do contrato de concessão que vem sendo debatida com usuários, mercado e governo, e comentou que o modelo atual está limitado em relação à expectativa do mercado.   Para o diretor da ANTT, o Brasil vive uma mudança no mercado de transportes de carga. “O transporte rodoviário está ficando mais caro, a frota tem idade média de 18 anos, isso fomenta a discussão sobre o papel das ferrovias na malha de transportes”. O executivo afirmou que um novo estudo de custos ferroviários está sendo feito para checar quanto a tabela teto de valores está próxima ou distante de uma tarifa teto razoável.   Figueiredo também enfatizou a necessidade de regulamentar a integração da malha ferroviária, sem a necessidade de se construir novas ferrovias. "Contratualmente, existe a obrigação do concessionário permitir trens de outras empresas em sua rede, mas é difícil fazer com que isso funcione. Uma ação para regulamentar a regra está em andamento. Isso melhorará a integração, e os trens poderão transitar fora de suas malhas originais”, avaliou.   Já o presidente da Agência Nacional dos Usuários do Transporte de Carga (Anut), Luiz Henrique Teixeira Baldez, trouxe ao painel a visão do usuário do transporte de carga. No seu entendimento, a concessão de serviços, passagem das ferrovias para o setor privado, trouxe grandes benefícios. "As malhas estavam praticamente falidas, sem investimentos e com uma canibalização latente", lembrou.   Baldez afirmou que os setores mais beneficiados foram o da Construção Civil, Setor de Serviços, a União e as Concessionárias, mas não houve transferência de ganhos, produtividade e de eficiência aos usuários e, consequentemente, aos consumidores.   Equilíbrio Para Paulo Resende, professor-doutor da Fundação Dom Cabral, pensar no novo modelo de Marco Regulatório do Transporte Ferroviário de Carga é pensar em equilíbrio, espaço e escala. Ferrovia é longa distância e muita carga; é preciso que o Marco encontre equilíbrio nessa equação.   “Temos que, através desse novo Marco Regulatório, manter o que conquistamos nos últimos 12 anos. Tapar os buracos do que foi feito anteriormente e traçar um Marco bom para o futuro do Brasil. Para isso, teremos que ser muito criativos.”, afirmou Resende.
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