Documento sem título
Quarta, 24 Abril 2013 09:46

Medidas para estimular produção de etanol podem não ter efeito imediato

As medidas anunciadas na terça-feira (23) para estimular a produção de álcool podem não ter efeito imediato. O setor queria mais, e o governo não se comprometeu com a redução de preços para o consumidor.   O ministro da Fazenda e a presidente Dilma Rousseff não quiseram se comprometer com alguma redução do preço do álcool nas bombas, nos postos de combustíveis. Guido Mantega foi direto e disse que o que o governo quer é que o setor aumente os investimentos e a produção de etanol.   A produção de etanol vai ficar mais barata, mas as medidas de estímulo anunciadas pelo governo não garantem que o preço do combustível vá cair para o consumidor.   “O objetivo principal dessa redução é viabilizar condições para que o setor faça mais investimentos. Então não quer dizer, necessariamente, que o setor vai repassar para o preço”, afirmou o ministro Guido Mantega.   Recado que a presidente Dilma Rousseff também fez questão de deixar claro. “Não creio que seja uma decisão que eu possa tomar aqui. Eu chego e digo para vocês: ‘O preço vai ser assim ou assado’. Tem de ver como está o mercado, eu não tenho como adiantar para vocês”, disse.   Os produtores de etanol vinham reclamando das desvantagens do setor para competir com a gasolina, que teve redução de tributos. Agora, os incentivos são para alavancar a produção de etanol.   Pis e Cofins que hoje representam doze centavos por litro de álcool, a partir de maio, serão praticamente zeradas.  Com essa desoneração, o governo vai deixar de arrecadar quase R$ 1 bilhão este ano.   Quem pegar financiamento para renovar os canaviais e para estocar etanol vai pagar juros mais baixos. Juntas, as duas linhas de crédito somam R$ 6 bilhões. Outra medida, que já tinha sido anunciada pelo governo vai aumentar o consumo de etanol nos próximos meses. A partir de primeiro de maio, a mistura de álcool na gasolina vai aumentar de 20% para 25%.   Para os produtores, o pacote ajuda, mas não resolve os problemas do setor. “As empresas estão em muita dificuldade, espera-se que para esse ano sejam fechadas 12 usinas, além das 40 que já tinham fechado nas últimas cinco safras. De fato é um setor em estresse”, afirma Elizabeth Farina.     Extraído de: G1 
TOPO