Terça, 23 Abril 2013 11:17
Ministro visita área de novo aeroporto
Moreira Franco quer acelerar início dos estudos de viabilidade técnicaMais um passo para a construção do Aeroporto 20 de Setembro foi dado ontem com um sobrevoo na provável área destinada ao novo terminal aeroportuário gaúcho. Acompanhado do governador Tarso Genro, o ministro da Aviação Civil, Moreira Franco, realizou uma visita técnica ao terreno de 2,5 mil hectares, localizado a 33 km de Porto Alegre, entre os munícipios de Portão e Nova Santa Rita.
De acordo com Moreira Franco, um estudo preliminar já foi realizado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DCEA) com o objetivo de viabilizar a modelagem técnica e financeira. Agora, a meta é acelerar o projeto, que deve contemplar duas pistas com capacidade para atender a um fluxo de cerca de 20 milhões de passageiros ao ano.
Após a visita, o ministro afirmou que o governo federal encaminhará a etapa de análises e chamou a atenção para a necessidade de uma alternativa ao Aeroporto Internacional Salgado Filho, construído em uma área urbana de 400 hectares e que deve atingir a sua capacidade de operações em cinco anos. “Precisamos de um aeroporto que tenha tamanho para absorver toda a mobilidade de pessoas e, sobretudo, da atividade econômica, que só tende a crescer”, constatou.
A ideia é que depois do planejamento, a execução das obras possa ser concluída em um prazo estipulado entre 5 e 8 anos. O governador do Estado considerou a visita de Moreira Franco como o início de uma fase “institucional” do projeto. O chefe do Executivo gaúcho destacou o envolvimento anterior do Comitê Aeroporto Internacional 20 de Setembro - entidade da sociedade civil formada por empresários e que tem como presidente o reitor da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos), Marcelo Aquino.
Na sexta-feira passada, Tarso assinou um decreto que instituiu um grupo de trabalho (GT) do Executivo pró-Aeroporto 20 de Setembro, na Região Metropolitana da Capital. Presidido pelo secretário de Infraestrutura e Logística, Caleb de Oliveira, o GT tem como objetivo a formatação de um termo de referência para encaminhamento da proposta.
Conforme explica o secretário, no primeiro momento, a prioridade será dada pela busca de resoluções sobre o posicionamento das pistas. O desafio é constituir uma orientação que não interfira no fluxo de aeronaves da Base Aérea de Canoas e do próprio Salgado Filho. Para ele, o compromisso político assumido pelo ministro representa uma nova fase de preparação. “O interesse em conhecer o local e o engajamento federal no projeto são um importante passo para o desenvolvimento de um projeto que deve sair do papel em médio e longo prazo”, sintetizou.
Na avaliação de Oliveira, outra questão presente nos primeiros encontros do GT será a definição da estrutura econômica – algo que, segundo ele, dependerá dos encaminhamentos da Infraero. Entretanto, atualmente, o titular da pasta de infraestrutura e logística no Estado não descarta modelagens via investimentos públicos, concessões à iniciativa privada ou por meio de instituições de Parcerias Público-Privadas (PPPs).
“Não há uma tendência mais favorável a esse ou aquele modelo. Na hipótese de haver interesse de agentes privados, eles deverão ser considerados, e a opção será feita pelo que apresentar a melhor viabilidade. Todavia, isso é uma discussão para outro momento, pois agora ainda temos vários passos pela frente, antes da formatação de um projeto final para o terminal”, destacou.
De acordo com Oliveira, a convivência entre os dois aeroportos gaúchos será permitida com a posterior descoberta das principais potencialidades. Ele destaca que existem diversas vertentes operacionais e que os aeroportos podem adquirir maior ênfase em aviação executiva, regional, de passageiros, ou de cargas.
Extraído de: Jornal do Comércio/RS