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Quarta, 10 Abril 2013 09:47

Produtores de perecíveis tem dificuldades com a nova lei dos motoristas

Dando continuidade às discussões sobre a nova Lei dos Motoristas, Lei 12.619/12, representantes do setor de alimentos perecíveis participaram de audiência pública na Câmara dos Deputados na terça-feira (9). Além de reafirmarem a necessidade de construção de locais de parada adequados, os participantes sugeriram a isenção da lei para os motoristas que entregarem seus produtos.   Para o presidente em exercício da Associação dos Produtores e Distribuidores de Horti-Fruti do Estado de São Paulo (Aphotersp), Ivair Monteiro, com a nova lei fica difícil garantir a mesma qualidade do produto, que são altamente perecíveis.   O presidente do Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo (Sincaesp), José Robson Coringa, considera os produtores como vítimas primárias da lei que regulamenta a profissão de motoristas. “A maioria das nossas empresas utilizam motoristas autônomos e o impacto será grande. Além do alto custo do frete e da demora para a entrega, o país não tem estrutura adequada e ainda há muitos assaltos na estrada.”   Entre as sugestões para melhorar a lei, Coringa solicitou a isenção do cumprimento da lei para o setor de perecíveis. “Precisamos diminuir os prejuízos, mas sempre respeitando os direitos dos trabalhadores. Estamos no lugar mais sensível. Não podemos deixar as pessoas consumirem produtos estragados, ainda mais por não ter chegado a tempo em seu destino.”     Discussão   Uma audiência pública marcada esta quarta-feira (10) deveria ser a última para finalizar a discussão sobre a lei na Comissão Especial sobre Jornada dos Caminhoneiros. O presidente da comissão, o deputado federal Nelson Marquezelli (PTB-SP), tinha a intenção de se reunir com os membros a portas fechadas na próxima terça-feira (16) para discutir o relatório e finalizar o documento.   Porém, o deputado Pedro Uczai (PT-SC) informou que estava insatisfeito com o andamento das discussões, pois durante todas as audiências públicas não houve representantes do governo presentes.   Marquezelli concordou em expedir convites para ministros do Transporte e Casa Civil, por exemplo, mas deixou claro que não vai esperar muito tempo para poder finalizar o relatório.     Extraído de: Agência T1
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