Sexta, 10 Junho 2011 16:19
Logística Reversa: oportunidade de negócio
Logística Reversa foi bastante discutida ontem (9), durante Seminário sobre Logística Reversa e o Setor de Transporte, realizado na Confederação Nacional do Transporte (CNT). O evento contou com a presença do presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira de Logística (ASLOG), Adalberto Panzan, que apontou o tema como uma grande oportunidade de negócios ao setor de transportes de cargas, um “business fantástico”.
Panzan disse que, “apesar de não existir um conhecimento global do que é a logística reversa, há uma excelente oportunidade de ampliação do portfólio de serviços junto a clientes existentes. Já temos o conhecimento logístico no envio, podemos utilizá-lo no retorno”.
O processo logístico reverso se baseia em retirar produtos novos ou usados e redistribuí-los. O Ministério do Meio Ambiente, que acredita na possibilidade de reaproveitamento dos produtos usados, anunciou em palestra proferida no evento a criação de um acordo setorial que gerará um regulamento para gerenciar produtos usados na Logística Reversa. Segundo a representante do MMA, Zilda Veloso, “a idéia é integrar a logística reversa e as coletas seletivas dos municípios”.
Para o professor Paulo Roberto Leite, presidente do Conselho de Logística Reversa no Brasil, estima-se uma movimentação de 18,5 bilhões na adequação da cadeia logística atual para a Logística Reversa, e dentro desse montante, entre 40% a 50% - cerca de nove bilhões – correspondem à movimentação de recursos dentro do setor de transporte.
Os cases apresentados pelos representantes da ADS Micrologística e dos Correios mostraram concordância com o potencial do setor de transporte para atuar na área. Entretanto, a exposição de Bruno Fernandes, gerente de Operações da ADS Micrologística, destacou a importância em operacionalizar o serviço para que ela tenha um custo viável.
E o chefe de Encomendas do Correios, Ricardo Fogos, ressaltou a importância da sustentabilidade estar associada à Logística Reversa. Para ele, é preciso pensar a engenharia dos produtos com facilidade para desmontagem. “Sustentabilidade não é tendência, é necessidade”, disse Fogos.
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