?A prorrogação da alíquota reduzida do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para automóveis até 31 de dezembro ajudará a manter os níveis de produção e de emprego no setor automotivo, avaliou ontem a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
– Mantendo os níveis de vendas, você automaticamente está assegurando níveis de produção e, consequentemente, níveis de emprego – disse Ademar Cantero, diretor de Relações Institucionais da Anfavea.
Em janeiro e fevereiro, o setor automotivo contratou 1.819 trabalhadores, segundo a entidade. A indústria do setor, com 131,7 mil empregados, está perto de atingir o recorde histórico em número de funcionários (133,6 mil no final da década de 1980). Mas há movimentos no sentido contrário. Na terça-feira passada, a General Motors demitiu 598 trabalhadores da linha de produção da fábrica de São José dos Campos (SP). A prorrogação do IPI foi anunciada pelo Ministério da Fazenda na noite de sábado. A partir de hoje, a alíquota sobre veículos subiria novamente – após uma primeira rodada de aumento no início do ano – e, em julho, retornaria aos percentuais originais. Os veículos flex e a gasolina até 1.0, por exemplo, teriam a partir desta segunda-feira as alíquotas majoradas de 2% para 3,5%. O governo, no entanto, decidiu manter o imposto em 2% para esses modelos até o fim do ano. A prorrogação do benefício fiscal, de acordo com o Ministério da Fazenda, representará renúncia fiscal de R$ 2,2 bilhões de abril até dezembro.