A nova diretoria da Associação Brasileira da Indústria Ferroviária (Abifer) tomou posse nesta segunda-feira, 30/05, em solenidade realizada no prédio da Fiesp, em São Paulo. Vicente Abate, diretor de Relações Corporativas da AmstedMaxion, foi o grande homenageado da noite, reassumindo a presidência da associação para o biênio 2011-2013.   Em seu discurso, Abate ressaltou o apoio da Abifer ao Trem de Alta Velocidade brasileiro e disse que a associação lutará para que os investimentos em transportes retomem o patamar da década de 70. “O Brasil não sustentará seu crescimento se não forem feitos mais investimentos em infraestrutura de transportes. Temos que ter 2% do PIB”, afirmou. Abate também destacou a necessidade do incentivo à indústria nacional: “Temos que dar um basta na importação de trens da China e da Coreia, que geram empregos do outro lado do mundo e não no Brasil”.   De acordo com o presidente, uma das metas da nova gestão da Abifer é promover a qualificação profissional ferroviária, por meio de cursos técnicos e parcerias com universidades federais. Além disso, para aumentar a representatividade da associação no setor ferroviário nacional, a nova diretoria deverá trabalhar de forma a trazer mais associados – que passaram de 28 para 55 empresas, entre as duas últimas gestões. Estiveram presentes no evento representantes de associações e empresas do setor, e autoridades como o ex-ministro dos Transportes e atual secretário Executivo dos Transportes, Paulo Sérgio Passos; o secretário dos Transportes Metropolitanos de São Paulo, Jurandir Fernandes; e o deputado federal Carlos Zarattini, do PT.   Apoio federal e estadual Paulo Sérgio Passos aproveitou a solenidade para enfatizar o apoio do governo federal ao crescimento das ferrovias e a necessidade do desenvolvimento de associações para dar vitalidade ao setor. “Um país como o nosso não pode se dar ao luxo de trabalhar com pouco empenho nas soluções que o transporte ferroviário pode propor”, disse.   Já Jurandir Fernandes, secretário dos Transportes de São Paulo, afirmou que a parceria entre o governo estadual e associações do setor é importante para que haja uma sociedade organizada e que facilite a execução dos projetos. “Hoje temos dinheiro, investimentos e financiadores. Mas há muito oportunismo e a legislação é embrutecida. Temos que ter uma sociedade organizada para nos defender”, declarou.