?A Petrobras trabalha com a expectativa de novos reajustes nos preços da gasolina e do diesel. A afirmação foi feita, nesta segunda-feira, pelo diretor financeiro da companhia, Almir Barbassa, durante a apresentação dos resultados do terceiro semestre, que apontaram queda na produção de petróleo da estatal.   — Sempre que há uma defasagem (de preço), há uma expectativa de reajuste. Não temos uma data, o importante é que haja um equilíbrio. Mas temos uma perspectiva de que nossos preços se alinhem com os internacionais — disse Barbassa.   Em setembro, a companhia produziu 1,843 milhão de barris de petróleo por dia, o menor volume registrado desde abril de 2008. A queda, porém, não será determinante para o reajuste, já que a empresa deverá atingir a meta de produção do ano.   Em seu plano de negócios, a companhia previa reajuste de 15% para a gasolina e o diesel em 2013. Mas, até agora, a gasolina subiu apenas 7,83% e o diesel, 10,2%. Os reajustes ocorreram entre junho e julho. O presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis do Rio, Manuel Fonseca da Costa, diz acreditar que um novo aumento é inevitável, mas que só virá em 2013.   — Este ano é improvável, mas no início de 2013 deve acontecer. É ruim para os revendedores e para os consumidores, mas não vejo mais como o governo segurar essa defasagem — afirmou Fonseca da Costa, referindo-se aos preços mais altos para o combustível no mercado externo e ao abatimento na tributação federal para segurar o valor no país.   O professor da FGV André Braz também não acredita em aumento dos combustíveis pela Petrobras este ano.´Para ele, adiar o reajuste seria uma estratégia para controlar o avanço do índice oficial de inflação.     Extraído de: Jornal Extra