Sexta, 05 Outubro 2012 14:10
Associação de importadoras de carros diz que pacote não alivia tributos
?A Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores) considera que as medidas anunciadas pelo governo no novo regime automotivo só favorecem 30% das 29 importadoras associadas à entidade e não aliviam a carga tributária do setor.
"O decreto é positivo do ponto de vista de exigir mais investimentos em tecnologia e desenvolvimento e de estimular o setor a buscar mais eficiência energética nos veículos. Isso não discutimos; concordamos e apoiamos", diz o diretor financeiro da Abeiva, Ricardo Strunz.
"Mas é preciso entender que o negócio de representação de uma marca estrangeira no país é legítimo. Há empresas que não consideram viável montar fábricas aqui, vão continuar importando porque não há escala de produção", diz o executivo da associação.
QUEDA ACENTUADA
Ao se referir ao fato de o governo ter estipulado cota de 4.800 veículos para serem importados com benefícios desde que a importadora se habilite no programa Inovar Auto, Strunz diz que o setor não teve expectativas atendidas.
A retração nas vendas dos importados é de 40% no acumulado de janeiro a setembro deste ano em comparação com igual período do ano passado, segundo dados da associação de empresas importadoras.
A queda, segundo executivos das importadoras, é resultado do aumento em 30 pontos percentuais do IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), em vigor desde o dia 16 de dezembro, e em parte atribuída à variação cambial.
O setor esperava que, dentro do regime automotivo, pudesse haver alguma medida que aliviasse a carga tributária --que foi elevada para importados no final do ano passado.
A expectativa era de criação de cotas maiores para importação do que as estabelecidas.
"Quem não tem fábrica aqui e importa produtos pode trazer 4.800 veículos por ano. Esperávamos que o governo fosse considerar a média de importação de cada marca nos últimos três anos", diz Struns.
As empresas importadoras, em média, trazem ao país cerca de 10 mil carros por ano. Por essa razão, a cota estabelecida é insuficiente, diz.
Extraída de: Folha de S. Paulo
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