Sexta, 24 Agosto 2012 09:43
Greve e aumento de demanda provocam falta de diesel
O aumento da demanda por óleo diesel e a greve em órgãos públicos, entre eles a Receita Federal e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), estão afetando o suprimento do produto para postos do Rio de Janeiro e Paraná. O consumo do combustível no país no primeiro semestre (26 bilhões de litros) cresceu 7% em relação a igual período de 2011. Para atender o mercado, a Petrobras elevou o volume de importação de diesel, mas as cargas estão retidas nos portos, devido à greve.
"Há algum tipo de atraso no fornecimento de diesel pela Petrobras. Não é só pelo aumento da demanda, mas até por fatores imprevisíveis, como a greve do funcionalismo público, que atrasa a atracação e a descarga de navios", disse ontem o presidente do Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom), Alísio Vaz, na feira ExpoPostos & Conveniência, no Rio de Janeiro.
O superintendente de abastecimento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), Dirceu Amorelli, afirmou que órgão regulador já notificou a Petrobras por "não atendimento" aos postos.
O diretor de abastecimento da Petrobras, José Carlos Cosenza, negou haver problemas de suprimento de diesel. Segundo ele, o único caso do tipo ocorreu no Espírito Santo, por causa de incidentes em navios, mas que já foi resolvido com o envio de produto do Rio. O executivo explicou que o aumento da demanda por diesel se deve à safra de grãos no Paraná e que será preciso importar ainda mais combustível.
Em nota, a Petrobras informou que entregará nos próximos dias 40 mil metros cúbicos de diesel, em Paranaguá, além do volume já contratado com a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar), para suprir a demanda adicional de diesel no Estado.
Ontem, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, disse que não há e nem haverá falta de medicamentos e insumos hospitalares no país em razão da greve de parte dos servidores da Anvisa, ao contrário do que as empresas e sindicatos vêm afirmando.
"Estamos monitorando diariamente toda a situação", afirmou Padilha, em entrevista coletiva no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad, no Rio. Segundo ele, todos os insumos e medicamentos hospitalares são vistoriados em caráter de urgência pelos técnicos da agência.
Extraído de: BrasilAgro
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