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Sexta, 05 Fevereiro 2016 09:08

Queda na venda de carros zero chega a 40% em relação a janeiro de 2015

As vendas de carros seguem ladeira abaixo. Em janeiro, a queda chegou perto dos 40% na comparação com o início do ano passado, o pior resultado em nove anos.
Em uma empresa que fornece autopeças para grandes montadoras em São José dos Campos, no interior de São Paulo, o clima neste ano é de solidão. Com a crise, os donos foram obrigados a demitir 28% dos funcionários. Há pouco mais de dois anos, a mesma empresa tinha tanto trabalho que foi obrigada a terceirizar parte da produção.
Segundo a Anfavea, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, em janeiro deste ano, as vendas de carros, caminhões e ônibus novos caíram 31% em relação a dezembro de 2015. Na comparação entre janeiro de 2015 e de 2016, a queda foi de 38%. No primeiro mês do ano passado foram vendidos 253 mil veículos contra 155 mil no mesmo período deste ano.
A crise também afetou os negócios com as máquinas agrícolas e rodoviárias: queda de 53% nas vendas na comparação entre os meses de janeiro de 2015 e 2016.
Em relação a produção de veículos, saíram das fábricas instaladas no país 145,1 mil unidades nesse primeiro mês de 2016, contra 203 mil em janeiro do ano passado, o que representa queda de 29%.
Carro que não é vendido fica no pátio e sem a necessidade de fabricar mais veículos, as montadoras demitem os funcionários, tanto que, no setor, houve queda de 10% no emprego entre janeiro de 2015 e o mesmo mês deste ano, ou seja, em um ano, cerca de 14 mil trabalhadores da indústria automotiva perderam seus empregos.
As montadoras já tentaram de tudo para aliviar as demissões, deram férias coletivas, implantaram o sistema de layoff, que é a suspensão temporária do contrato de trabalho, e reduziram as jornadas. O pior é que o próprio presidente da Anfavea, Luiz Moan, admite: a crise no setor automotivo vai continuar. “Nós temos previsão de encerrar este ano com queda de 7,5% nas vendas no mercado interno, crescimento nas exportações e uma estabilidade na produção”, diz. Extraído de: G1/Hora 1