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Quarta, 16 Dezembro 2015 07:15

Motorista brasileiro paga cada vez mais caro pela gasolina

O preço da gasolina tem subido muito no Brasil, enquanto cai no resto do mundo. O motorista brasileiro é praticamente o único que paga cada vez mais caro para encher o tanque do carro.
Em 2015, o aumento da gasolina passou de 18%, bem acima da inflação e acima também dos preços praticados no mercado internacional. Há um ano, era diferente. O barril de petróleo custava, em média, US$ 79 e a gasolina brasileira valia, em média, R$ 1,43. Agora que o preço médio do barril caiu para US$ 45, o valor da nossa gasolina subiu.
"O governo usava esse produtos para controlar a inflação. Agora que o petróleo está barato, a gente tá pagando gasolia e diesel caro. Para a Petrobras isso é bom, poeque ela está repondo aquelas perdas do passado, aqueles R$ 80 bilhões que ela perdeu em função do controle do preço da gasolina e do diesel, quando o petróleo estava caro", explica o economista Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura.
Segundo o economista, a Petrobras é a única grande petroleira que não atrela o preço dos combustíveis ao valor do barril do petróleo no mercado internacional.
A diferença entre o preço que paga para comprar e o que cobra para vender a gasolina traz vantagem para o caixa da Petrobras e ajuda a compensar as perdas do passado. Porém, combustível caro puxa a inflação para cima e prejudica vários setores da economia.
“É uma sucessão de erros. Você comete um erro e aí pra consertar esse erro, você comete um erro maior ainda. Então, o Brasil está hoje com a crise de desemprego, inflação e crise social como consequência. A gente poderia estar aproveitando o barril do petróleo barato pra combater a inflação, pra retomada de crescimento e, evidentemente, reduzir essa crise social que o país está passando", completa Adriano.
A reportagem do Jornal Hoje entrou em contato com assessores de imprensa da Petrobras, mas eles disseram que não vão se pronunciar, no momento, sobre essa diferença nos preços da gasolina internacional e da brasileira. Extraído de: G1/Jornal Hoje
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