A colheita do caqui já começou em Mogi das Cruzes e os agricultores do Distrito de Taiaçupeba trabalham para garantir uma boa safra. No entanto, quem precisa acessar a Rodovia Mogi-Bertioga para escoar a produção encontra dificuldades com a parcial interdição da Estrada da Estiva. O caminho alternativo é cerca de 10 quilômetros mais longe.
A estrada foi interditada pela Defesa Civil há cerca de duas semanas, quando um trecho do caminho desabou. Mesmo com o desabamento e a grande cratera que se abriu, alguns motoristas se arriscam e passam mesmo assim.
Para improvisar, os moradores fizeram um trecho para passar entre dois buracos. "Ao invés de eles arrumarem a estrada, eles interditaram. Então nós nos unimos e fizemos essa gambiarra para poder passar", diz o trabalhador rural Agnaldo dos Santos.
Além de ser 10 quilômetros maior o caminho pela estrada alternativa, os moradores contam que ela é perigosa. "Um vizinho nosso que faz feira teve que dar a volta pela estrada alternativa pois aqui estava bloqueado. Aí lá deram tiro nos pneus, mas graças a Deus ele conseguiu fugir", diz.
Produção
Os frutos este ano estão menores por causa dos meses de estiagem, mas o fruticultor Yohiki Hoçoia ainda comemora, porque alguns gastos não aumentaram. Entre eles está o transporte das frutas. Segundo ele, mesmo com o aumento do preço no diesel, o valor do frete está igual.
Segundo ele, cerca de 4 mil quilos de caqui são levados a cada viagem. A produção é encaminhada à Ceagesp, em São Paulo, e poderia estar parada se não fosse a boa vontade do dono do caminhão, que mudou o caminho e aumentou o tempo de viagem. "Essa volta que temos que dar aumenta uns 10 quilômetros na ida e na volta. A fruta não é tão prejudicada, mas o custo do freteiro sim", diz.
Marcílio Moraes não teve a mesma sorte. Segundo ele, a produção de 300 pés de caqui fuyu está parada mesmo as frutas estando prontas para a colheita. Ele conta que o fretista não quer ir buscar a produção ou, se fizer, não cobrará o preço normal. "Ele me falou que não dá para ele vir por lá e se ele viesse seria mais caro, ele cobraria R$ 5 cada caixa e geralmente o preço é R$ 2 no máximo R$ 2,20".
Segundo o Secretário de Agricultura de Mogi das Cruzes, Oswaldo Nagao, a Prefeitura e o Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee) entraram em um acordo e o conserto da estrada deve ser feito em parceria. Ainda de acordo com ele, a Prefeitura vai ceder o material e o trabalho será executado pelo departamento. O projeto técnico deve ser apresentado até o dia 28 de março e as obras estão previstas para o início de abril.
Extraído de:
G1