Sexta, 26 Abril 2013 11:04
Com início das chuvas, restauração da BR-174 em RR será paralisada
As obras de restauração da BR-174 sentido Sul, principal rodovia de acesso a Roraima, serão paralisadas devido ao início do período chuvoso. O trabalho abrange os municípios de Caracaraí e Rorainópolis. No entanto, segundo a secretária adjunta de Infraestrutura, Delchelly Roberta Oliveira, os condutores não deverão ter problemas de trafegabilidade durante as chuvas.
O trabalho de conservação da rodovia com a empresa CMM foi reativado pela Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinf). Um tratamento superficial duplo tem sido executado apenas em alguns seguimentos não asfaltados de um dos quatro lotes licitados para restauração, conforme informou a Secretaria.
O contrato com a empresa Egesa, responsável pelo lote que inicia no município de Caracaraí e segue até Rorainópolis, está sendo rescindido. O trecho é o mais atrasado na execução da obra. Ainda existem cerca de 15 km sem pavimentação. O trabalho deverá garantir a trafegabilidade na rodovia durante o período chuvoso.
Em outros dois lotes, os contratos com as empresas também serão rescindidos, de acordo com a Seinf. A empresa Delta Construções S.A. deixou o trecho ano passado após escândalo nacional do caso Carlinhos Cachoeira. No lote que inicia dentro da reserva indígena Waimiri-Atroari está pendente o acostamento e a aplicação de uma camada de asfalto em alguns trechos.
A empresa CMT Engenharia LTDA também deve paralisar a obra alegando problemas para finalizar a restauração. A parte de acostamento falta ser concluída. No caso das três empresas, os contratos serão rescindidos pela Seinf e nova licitação será realizada. Sanções devem ser aplicadas.
O trecho da empresa Via Engenharia S.A., no município de Caracaraí, é o que será paralisado devido ao início das chuvas. A pavimentação já foi finalizada e apenas os acostamentos ainda estão para serem executados. Mesmo com a suspensão dos trabalhos, a previsão do Dnit é que o lote esteja finalizado até o fim do ano.
Prorrogação
Executada em quatro lotes, a ordem de serviço para a restauração da rodovia foi liberada pelo Governo do Estado em 2010. O valor dos convênios é R$ 502,3 milhões. Em 2012, o prazo de execução do serviço previsto no contrato expirou. Houve prorrogação por mais um ano, estendendo o prazo para final de 2013.
Mas, devido aos problemas com empresas responsáveis pela obra, o supervisor da unidade local do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Pedro Christ, já trata da possibilidade de haver uma nova prorrogação de prazo. Caso isso ocorra, a restauração da BR-174 sentido o Sul do estado deverá ser finalizada somente ano que vem.
Restauração BR-174
O Governo do Estado, por meio de convênio com o Dnit, é o responsável pela execução da obra de restauração nos 369 km da BR-174 Sul, sentido o município de Rorainópolis.
O primeiro trecho é da divisa do estado com o Amazonas (km 0,00), dentro da reserva indígena Waimiri-Atroari, que tem 70 km de extensão no lado roraimense, até o igarapé Arruda (km 102,4), com 102.89 km de extensão. O outro trecho é do igarapé Arruda até o igarapé Seabra (km 182,4), também em Rorainópolis e possui 79,69 quilômetros de extensão.
O terceiro trecho é do igarapé Seabra até o igarapé Caleffi (km 281,2), no município de Caracaraí, com extensão de 99,06 quilômetros. E o último lote é do igarapé Caleffi até a sede de Caracaraí (km 369,0), com extensão de 86,61 quilômetros.
A obra prevê o alargamento da plataforma da rodovia, que é composta pelas duas faixas de rolamento, acostamento e dispositivos de drenagem e tem hoje sete metros de pista e um metro de acostamento de cada lado. Com a restauração, a plataforma passará a ter dois metros e meio de acostamento nas duas faixas de rolamento.
O revestimento asfáltico vai ser executado com dez centímetros de espessura em média. Atualmente, a rodovia tem apenas 2,5 centímetros de espessura. Além disso, será implantada sinalização vertical e horizontal em toda a extensão da BR-174. O tempo previsto no projeto para que não ocorram problemas na rodovia após a obra é de dez anos.
Extraído de: G1